segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sobrevivendo ao Ócio.

Você conhece o Garfield?

Imagino que sim, por isso pergunto:
Por que será que ele come tanto?


Cada um tem sua opinião, eu acho que é porque ele é vadio. Explico. O que ele faz além de atasanar o cahorro e o seu dono? Come. E quando ele não faz uma coisa nem outra, com que ele se ocupa? Não se ocupa com nada porque ele é um vagabundo de marca maior.

Não que eu não goste dele, afinal, quase todos nós odiamos as segundas-feiras e apreciamos
uma boa lasanha. Inclusive, creio que temos muito mais em comum com ele do que pensamos.

O que você mais gosta de fazer quando está na sua poltrona vendo TV? Ou mesmo quando não há nada na TV de interessante e você está com preguiça de sair de casa, onde você vai?

Ou se você está de férias, sem a sua esposa te açoitando as costas para você arrumar as coisas quebradas em casa ou o seu marido pedindo comidas e outras coisas que tomam o teu tempo?

Se você respondeu "geladeira", "comida" ou "comer" a alguma das perguntas anteriores, parabéns, você entrou para o time do Garfield.

O ócio, ou a falta do que fazer, para ser mais claro, é uma grande armadilha para comermos desnecessariamente.  Já tratei do mesmo assunto com algumas perspectivas diferentes em outros tópicos, mas, a ideia central é:
- Fazer o que quando não se tem o que fazer?


Qual a diferença prática entre você pegar um saquinho de amendoins ou ler um livro quando você não tem o que fazer? Vai me dizer que você sempre sente fome justamente quando está relaxado, sem atividades? Seria muita coincidência.

Sou da opinião que criamos este comportamento, de lembrarmo-nos do buraco que ronca no estômago justamente quando não temos com o que mais nos ocupar. Criamos um comportamento sem motivos aparentes e não conseguimos nos desvencilhar dele.

Para se livrar desta "escravidão mental", eu, por exemplo, sigo alguns passos básicos:
1- Identificar se você age assim, ou seja, se quando você está coçando o saco você já puxa aquele pacote de amendoins de lado ou então abre uma latinha de cerveja;
2- Quando você se pegar indo por este caminho busque algo diferente. Eu, por exemplo, vou arrancar mato do jardim, conversar com a Mi (minha esposa), brincar com o Victor (meu filho) e assim por diante;
3- Fazer as refeições nos horários regulares. Qualquer que eles sejam, faça seus horários e mais importante, respeite-os.


No começo é difícil, parece até tortura. Depois a coisa evolui para um estado em que você já foge da armadilha na maioria dos casos, mas algumas vezes ainda sente aquela vontade incontrolável de praticar algum deslize. Finalmente se chega ao estado que você mudou o seu comportamento, portanto, nem passa mais pela sua cabeça desentocar aqueles amendoins.

Vá em frente e tente, é fácil, só que não é imediato... Assim como sobreviver a uma segunda-feira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário