terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Acerto de Contas.

 Antes de emagrecer eu pratiquei kickboxing por dois anos. Para quem não conhece é uma
luta que utiliza os socos do boxe e os chutes do caratê basicamente. Para quem deseja queimar bastante energia num treino é ótimo. Caso você até goste da ideia mas não seja afim de ter a cara amassada, as mulheres têm preferido academias que oferecem exatamene a mesma coisa, porém na forma de ginástica aeróbica, o que queima muita energia também, talvez até mais que a modalidade original.

Como naquela época não havia isso, a Mi resolveu treinar comigo. Ela recentemente havia sido liberada pela ginecologista do repouso necessário após o parto e o animal aqui teve a bilhante ideia de sugerir um exercício interessante para ela, e ela, foi no embalo.

O professor a colocava para treinar com todos, inclusive eu, é aí que o problema começou. Sendo a única mulher, tentávamos poupá-la do contato mais intenso e aí parecia uma luta entre compadres, sem aquela gana de vencer, típica das lutas de contato. Só que a Mi, sem noção por essência, não via a coisa desta forma e saia para cima. O professor só pedia para ela ir mais leve, mas ela não queria nem saber, ela partia para o nocaute, mesmo que fosse um treino de só tocar as luvas.
É fato que a Mi não luta como uma mulher. Ela tem instinto de lutadora. Ela conta que durante toda a vida dela quando as encrencas surgiam, e não eram poucas, ela fechava a mão e começava a socar o rosto das suas oponentes, enquanto estas tentavam agarrar-lhe os cabelos ou dar tapinhas. Quando as oponentes caiam, tome chutes na boca e no estômago. Enquanto o sangue não jorrasse, minha princesa não parava.
Claro que nos treinos ela não estava movida por esta fúria toda, mas o instinto assassino existe nela, entende? Agora faça análise de mulher com um bebê recém-nascido e prematuro em casa, com os hormônios em polvorosa e aquela natural raiva mórbida pelo marido depois que o bebê nasce.
A vítima era eu. Eu via sangue nos olhos dela. Eu sentia que minha hora houvera chegado, estávamos em um campo neutro, sem o risco das violências domésticas, pois, afinal, ainda era algo parecido com um esporte.
Ela sempre vinha louca, especialmente para cima de mim. Nos primeiros treinos ela abria os dois braços e começava a tentar acertar socos sem qualquer técnica. Quem luta sabe que bastaria encaixar um chute frontal para que ela visse estrelas. Mas, minha esposa, mãe do meu filho... Eu só esquivava, dava uma canseira nela. Isto a deixava mais furiosa e ela partia para cima com mais vontade.
Então comecei a afastá-la com jabs ou chutinhos tão fracos que nem vento faziam. Pronto, fez-se uma vítima. Ela me acusou de bruto, violento e fazia questão de me lembrar que ela era uma menina. Ok, mas aquilo era ou não uma luta de kickboxing?

Nosso treinador passou a evitar nos colocar para treinar juntos, pois, ele percebeu que aquilo estava mais para acerto de contas do que para esporte. Estes episódios nos rendem boas risadas até hoje.
Enfim, ela desistiu depois de algumas semanas e eu infelizmente parei por preguiça alguns meses depois. Naquela época eu não ligava para nada que dissesse respeito a exercício e estava feliz com os meus quase 145kg.
Bom, fica a dica do exercício que excelente e dinâmico. Uma hora ou uma hora e meia de treino que você nem vê passar, trabalha bastante tanto a parte cardiorespiratória quanto a parte de força. Só tome cuidado para não treinar com alguém conhecido, pode ser mais perigoso do que treinar com desconhecidos...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chronos e Kairos

Era uma vez um deus que tinha por responsabilidade cuidar do tempo. Ele olhava para o passado e para o futuro compreendendo tudo o que acontecera, acontecia e aconteceria.  Era ele quem controlava o balé das estrelas e assegurava que nada permanecesse estagnado. Seu nome era Chronos.

Chronos, no entanto, não conseguia controlar o curso das coisas, embora soubesse que aconteceriam. Não tinha o poder de interferir nas atitudes das pessoas que faziam coisas boas e ruins a todo o momento e eram estas coisas que delineavam os acontecimentos que ele já compreendia.

Cansado de ter tanto poder para conhecer na mesma medida que não tinha nenhum poder para agir, revoltou-se fazendo com que o tempo passasse mais depressa para os mais velhos e mais lentamente para os mais jovens. Assim os velhos morreriam mais cedo e os jovens tardariam a ser mais velhos e sem esta sabedoria da maturidade, pouco conseguiriam agir também e Chronos tiraria o único poder temporal que as pessoas tinham.

Kayros, seu filho que vivia entre os humanos, rebelou-se. Kayros também era um deus do tempo, não do tempo absoluto, mas do momento oportuno, daquela fração do tempo absoluto que se usa para se fazer algo, para criar uma oportunidade.

Kayros tentou combater Chronos mas não conseguiu e foi englido pelo próprio pai, afinal, ninguém consegue controlar o tempo, mesmo que tenha sabedoria para criar coisas e mudar a realidade.

Esta historinha mitológica adaptada lembra que realmente não temos todo o tempo do mundo, e, que se tentarmos ter, nos frustaremos morrendo cedo ou nunca conseguindo crescer. Temos o tempo que compreendemos ter. Podemos cruzar a rua e morrer atropelados daqui alguns minutos, como podemos viver por mais algumas décadas.

Gosto de pensar que temos apenas o tempo de Kairos, ou seja, que podemos mudar aquilo que está ao nosso alcance e mesmo assim às vezes não completamente. Isso se estende a mudar de dieta. Temos que aproveitar as oportunidades para fazer esta mudança.

E quais são elas? Tudo depende de você apenas. A oportunidade às vezes é a roupa nova que não serve mais, o pretendente que se quer conquistar, a roupa de banho que se quer usar no próximo verão, etc. Pouco importa desde que você se agarre a esta oportunidade e coloque toda a sua energia para fazê-la virar realidade.

É só esta oportunidade aliada às coisas que só você sabe que deverá fazer, que poderão te levar a mudar de vida.

É fácil? Só depende de quão importante é esta oportunidade para você.

Esperar muito ou deixar para depois pode não ser uma boa ideia, pois, lembre-se que Chronos está lá naquele lugar que você desconhece, mas sabe que existe. Está lá que nem uma planta carnívora com a "bocarra" aberta, só esperando você vacilar para te engolir.




domingo, 29 de janeiro de 2012

Doces tentações.


No meu livro eu falo pouco sobre o assunto que gostaria de comentar hoje, a vontade de fazer o que "não pode".

Primeiramente entendo que tudo é permitido numa dieta já que tudo depende da tua consicência e principalmente das quantidades que você deseja mandar para dentro.

Vamos supor que você está lá no caixa do supermercado. Você olha para a fila e desanima, pois, está gigantesca. Olha para o teu carrinho e desanima mais ainda ao ver as verduras e frutas que você anda comendo durante a dieta.

É quando então você o vê. Ele olha para você também e aquela troca de olhares te dá mil ideias. Conforme a fila do caixa vai andando você se aproxima dele e...

Você fica louca para levá-lo para casa e acabar com ele. A fila não anda mais bem na hora que é só esticar a mão para ele ser todo seu.

Quando finalmente é hora de você decidir, o que você faz? A carne é fraca, a seca tá grande...

Pouco importa o que você faz, não existe uma resposta certa, mesmo estando de dieta. O que te afasta do teu objetivo é como você vai lidar com os teus desejos. Se você partir para cima dele de uma vez ele vai te deixar rapidinho e aí você corre o risco de ficar indo atrás dele toda a hora, o que não é legal, certo?

Agora, se você só der uma biliscadinha nele de vez em quando, só para sentir o gostinho nos lábios, aí sim ele vai ficar contigo bem mais tempo e pode ter certeza que sempre que você quiser ele vai estar ali, à sua disposição.

É bom sentir prazer, e penso que nunca devemos nos furtar de sentí-lo, mas, acho que devemos mostrar a ele quem é que manda. Sim, "aquilo" é um bom exercício, mas eu estava falando do delicioso chocolate bem naquela gôndola ao lado do seu carrinho, que eles deixam de sacanagem bem na boca do caixa.

O gosto de um pedacinho de chocolate é o mesmo da barra inteira, já o mesmo não acontece com os beijos...




sábado, 28 de janeiro de 2012

Corra que a Tarsila vem aí.


Exercícios são indispensáveis em uma boa dieta. Colocar o esqueleto para balançar ajuda você a queimar energia mais rápido, além de ajudar na produção de endorfinas, ou seja eles te deixam relaxada e propiciam um cardápio mais farto.

Na minha dieta eu pratiquei muita corrida por ser um dos exercícios que mais queima calorias. Também fiz musculação, com pouco peso e muitas repetições. Os dois combinados potencializaram muito a queima de calorias e evitaram que a Lei da Gravidade se manifestasse nas minhas pelancas mais do que já tinha feito. 

Portanto, um programa sério de exercícios é muito bom para emagrecer mais rápido. Porém, gostaria de conversar um pouco sobre os exercícios que chamo de ocasionais. Você já deve ter ouvido falar nisso. São aqueles que você faz no dia-a-dia como varrer a casa, passar roupa, cozinhar, dançar na balada, etc.

Neste sentido eu adotei algumas medidas que passaram a fazer parte da minha rotina. No começo é meio chato e dá aquela preguiça, mas, se persistirmos por algumas semanas, "entra no sangue" e você nem percebe mais que já mudou.

Por exemplo, eu não tenho lata de lixo junto à minha mesa no escritório. Eu uso algumas latas coletivas para reciclagem que ficam há uns 10m de onde eu sento. Assim, sempre que necessito jogar algo fora eu me levanto e caminho 20m (10m para ir e 10m para voltar) e ainda ajudo na reciclagem. Gosto também de estacionar o carro longe, assim, arrumo vaga mais rápido e dou mais uma caminhada.

Se bem que nem carro eu uso no meu trabalho. Como eu trabalho em escritório e moro apenas há 2.5km do meu trabalho eu sempre vou de bicicleta quando não chove. Assim, eu deixo o carro em casa, me exercito, não poluo o ambiente, estacionar fica ridículo de tão fácil e com certeza eu gasto muito menos tempo do que gastaria de carro no trânsito.

Agora que recentemente compramos uma casa (antes morávamos em apartamento), eu cuido de todo o jardim e também da garagem (às vezes). Poderia pagar alguém para isso, mas prefiro cuidar das minhas plantinhas e limpar a garagem e calçadas para dar uma exercitada adicional.

Já temos o Victor, nosso bebê de 7 anos que está quase da minha altura, o garoto deve ter caído naquela poção do Obelix para ser assim tão grande e forte. E assim que mudamos ganhamos também nossa segunda filha, a Tarsila. Uma fêmea de labrador que pegamos com um mês e que agora está com quase 5. Tá certo que o Victor ainda apronta as dele, mas a Tarsila... acho que eu nem precisaria de outros exercícios se a tivesse na época da dieta.

Você talvez pense que não é tão grave assim, afinal, é apenas um bebê... porém, é um bebê de quase 30kg. Alie isso ao fato que filhotes são sapecas por natureza e terás um jardim sempre sujo, podas de plantas por todos os lugares imagináveis, bolas de futebol destruídas, etc. Isso sem falar de cocô. Até agora eu não entendi de onde sai tanto cocô daquele bicho... Na verdade eu sei de onde ele sai, o que eu não entendo é como ela faz tanto, entendeu?


E quando vamos passear então? Ela avança para brincar em todo mundo, vai por dentro do mato, se suja inteira, impaca quando está cansada ou dá trancos que quase nos derrubam e por aí afora. Notei que meus braços até deram uma enrijecida depois de começar a passear com ela.

Ela com a Mi também é complicado. A Mi também foi gordinha por quase toda a vida e emagreceu um pouco depois de mim. Só que a Mi é muito baixinha (sim, ela vai me socar por este comentário), e agora, então magra, ela ficou bem mirradinha. A Tarsila com ela então, ficou quase pau a pau. Agora a Mi vai me encontrar na ciclovia quando volto do trabalho para que ela possa caminhar um pouco e a Tarsila passear.

No primeiro dia eu as vi de longe e pensei:
- Caramba, aquele cachorro monstruoso vai atacar aquela criancinha!
Quando fui aproximando e as silhuetas se definiram vi que era a Tarsila pulando na Mi para brincar.  Cada puxão que a Tarsila dá eu imagino que o bracinho da Mi vai ser arrancado. Assim, eu trago a Tarsila, e as duas magrelas vêm juntas (Mi e a bike).

Mas, se você não está acreditando que estes exercícios ajudam, veja só o meu exemplo diário:

Ciclismo para o trabalho: 126 kcal
Usar o lixo longe: 80 kcal
Usar o banheiro mais longe: 80 kcal
Jardinagem: 100 kcal
Recolher o cocô da Tarsila: 120 kcal
Brincar com a Tarsila: 200 kcal
Caminhar com a Tarsila: 450 kcal
Estacionar longe: 50 kcal
Total: 1200 kcal (aproximadamente)

Considerando que 1kg de peso equivale a aproximadamente 7000kcal, eu "gasto" cerca de
1kg de peso corporal por semana só com estas pequenas coisas!

Mas se você não gosta destas coisas, por exemplo, existe uma infinidade de opções. Dançar, fazer sexo, beijar, brincar com as crianças, tocar um instrumento, cantar, enfim, tudo o que fazemos queima calorias, minha dica, portanto, é procurar fazer aquilo que queima mais considerando o que você gosta.

Segue Um link muito interessante com os gastos calóricos por tipo de atividade:
http://cyberdiet.terra.com.br/gasto-calorico-dos-exercicios-3-1-2-326.html



Esta é a nossa pequena "monstra" com aquilo que já foi uma bola do Victor.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ela tarda, mas não falha.

Como qualquer engenheiro eu gosto de encontrar soluções para tudo. Crio tantas regras e
procedimentos dentro da minha cabeça que às vezes fico com vontade de socá-la. Mas minha
justificativa é que se você faz uma determinada coisa, testa e vê que dá certo, por que não
passar a fazê-la sempre que possível?

Além de um procedimento precisamos de ferramentas para solucionar os problemas e fazer as
coisas. Sem elas somos meros Neandertais tirando piolhos uns das costas dos outros. Embora a
máquina humana seja extremamente bela e complexa, somos fracos em muitos aspectos.

Quais seriam as ferramentas de uma dieta? Pode ser desde o bisturi para retalhar o estômago por
dentro, as bolotas, shakes, força das pirâmides, gnomos e outros afins. Não posso julgar o que
funciona ou não, pois, cada um de nós é um universo distinto e se creditarmos nossa esperança em
qualquer coisa, pode ser que ela funcione, lógico, desde que não seja nenhum disparate.

Esta é a grande maravilha desta maquininha que às vezes eu quero socar e que se chama cérebro.
Ele pode fazer várias coisas desde que acreditemos no poder dele. Porém, não basta olhar para o
espelho e dizer "Abrahadabra!" para a barriga ir embora. O cérebro pode estar lá, cheio de moral
e de gás para emagrecer, mas, se você não fizer algo, não passará de uma gordinha louca gritando
diante do espelho.

Se estamos mudando de dieta e tentando emagrecer, independentemente do método, temos que medir e
avaliar o que estamos fazendo, certo? Esta avaliação vai desde a ajuda profissional (médicos,
nutricionistas, academias) às nossas próprias comparações de como éramos, como estamos e como
desejamos ser. E aí que entra ela, uma importantíssima ferramenta para mim durante a dieta, e
mesmo hoje, quase dois anos depois de concluí-la. Estou falando da balança.

O símbolo da justiça é implacável. A realidade nua e crua é mostrada e contra as provas não há
argumentos. Não, não estou narrando um programa policial "espirra-sangue", estou tentando dizer
que a balança é quem pode mostrar o quão eficientes estamos na nossa mudança de dieta. Muito
embora tentemos também cometer algum crime contra ela quando as coisas não estão saindo como
queríamos.

Assim, a cada nova mudança de hábitos alimentares, ou a cada exercício novo que eu tentava, lá
ia eu para cima da balança me pesar. Se saia das regras numa festa lá ia eu me pesar. Se o
convite dos amigos era irrecusável e eu chutava o balde no churrasco ou na bebida, lá ia eu para
cima dela.

Meu intuito era primeiramente conhecer melhor meu corpo, saber como ele reagiria a determinadas
mudanças positivas ou a deslizes. Também era para me dar uma lição de moral caso eu saísse da
linha. Portanto, se eu vinha bem, perdendo certo peso semana a semana e repentinamente eu
engordava por causa de uma festa, eu ficava p... da vida comigo e procurava corrigir aquele
comportamento. Era como se eu tivesse uma dívida comigo.

Minha dica, portanto, é usar a balança, dia após dia. Resumindo tudo o que eu disse acima, se os
números baixarem, você está indo bem e isto aumenta a sua motivação, se eles aumentarem é sinal que
você precisa corrigir alguma coisa errada.

E nada de pensar que só porque você engordou em um determinado dia, você está fazendo tudo
errado. Se você se pesar todos os dias, saberá exatamente o que fez de errado e poderá corrigir
a tempo de evitar um estrago maior.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O que que há, Velhinho?

No meu livro eu faço certa apologia às cenouras. E não é por causa do meu sobrenome não.
Continuando na linha de raciocínio do post anterior, uma das minhas ideias em relação às refeições é dificultá-las sempre que possível. Como fazer isso? E por que fazer isso?


Primeiramente, este é um subterfúgio para acalmar dois personagens dentro do nosso corpo que estão em constante briga, tal qual o coelho e o caçador do desenho. Eles são o estômago e o cérebro. O cérebro é que percebe e lida com a fome, mas é o estômago quem manda os sinais.

Via de regra, quem come muito rápido tende a comer muito mais, pois, o estômago pode até já estar cheio, mas o cérebro ainda não ficou sabendo, aí, a pessoa continua comendo desnecessariamente. Obviamente que a melhor forma de corrigir isso é comendo mais devagar, mas nem sempre temos tempo de sentar confortavelmente, cheirar a comida e saboreá-la garfada a garfada.

Minha receita para os apressados é a cenoura crua. Uma unidade grande tem apenas 50kcal. É uma boa opção sempre que bate o desespero da fome durante a dieta. Claro que é recomendado manter a regularidade dos horários das refeições, mas, nunca me furtei de usá-la nos casos de "emergência" já que as calorias são insignificantes. Eu gosto de comê-la (ou roê-la) inteira, com casca e tudo para não perder os nutrientes.

O segredo aqui é que a cenoura é um alimento que demora para ser mastigado e contém sucos naturais que são extraídos durante a mastigação. De novo, isto leva algum tempo e ajuda, portanto, o cérebro a receber a mensagem antes de nos entupirmos.  Além do que, a cenoura oferece uma certa "sustância" por ter fibras de digestão um pouco mais lenta, o que potencializa ainda mais a sensação de saciedade.

Um amigo estes dias reclamou que tentou comer a cenoura conforme eu aconselhei, mas que não se adaptou, pois, na extremidade ela até que é "docinha", mas na parte mais grossa ela não tem gosto de nada e pouco suco, sendo difícil masigá-la. Na verdade, eu estou usando a cenoura como um exemplo, mas esta dica pode ser estendida para qualquer outro alimento de fibras mais pesadas e(ou) que possa ser "roído", mas claro, que tenha poucas calorias. Assim, funciona da mesma forma com a polpa do coco (marrom), azeitonas (considerando que você roa os caroços), etc.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Siri Esperto

Hoje fiquei muito bravo com a Mi, minha esposa. Embora eu estivesse comodamente trabalhando no ar-condicionado do escritório, ela foi à praia sem mim. Sim, eu sou ciumento! Só consenti (como se eu mandasse alguma coisa em casa), porque ela foi com o meu filho Victor e meus sogros.

Mas a Mi se redimiu e comprou alguns sirizinhos, já que adoramos frutos do mar.  É justamente sobre estes simpáticos bichinhos que se trata o post. Esta é uma excelente opção de cardápio para dieta. 

A Mi fez assim (espero que ela não brigue por eu revelar seu gostoso segredo):

- Picar alho, cebola, cebolinha, noz moscada, hortelã, alecrim, pimenta, coentro, limão, manjericão enfim, todos os temperos que você goste;
-  Refogue tudo com um fio de azeite de oliva;
-  Coloque uma taça de vinho branco seco, junte os bichinos e mexa mais um pouco até o vinho reduzir;
- Complete a panela com água e deixe os simpáticos crustáceos ferverem por uns 20 minutos;
- Desça a porrada na cabeça e nas patas do bichinho e aproveite.

Note que as calorias são mínimas, o que já é uma grande vantagem. Temperos não têm calorias, o siri tampouco. Talvez os únicos alimentos calóricos sejam o vinho e o azeite, mas como as quantidades são muito pequenas, apenas para temperar, eles não influenciam tanto. Os temperos fortes aumentam também a sensação de saciedade, pelo menos para mim.

Mas a grande sacada deste prato é o "como comer". O siri é um alimento de pouca carne e é difícil encontrá-la. Assim, você geralmente usa um martelinho para quebrar a casquinha e vai sugando os pequenos pedaços do corpo e das patinhas. Com isso, você gasta várias calorias só para comê-lo. Como você leva algum tempo também para fazer tudo isso, seu estômago se sacia ainda enquanto você come. 

Portanto, quando você termina, provavelmente já está na hora de fazer outra coisa e você provavelmente não voltará a comer tão cedo.

Desculpem a qualidade da foto e a montagem do prato, mas, a Mi já estava a ponto de descer o martelinho na minha cabeça e não na do siri, tamanha era a nossa vontade de avançar!