segunda-feira, 30 de abril de 2012

Aproveite o Feriado

O dia perfeito começa quando você pode sair da sua rotina.Acredito que não ter rotina  é não ter controles sobre si. Poder fazer o que se quer, por pelo menos uma dia que seja.

Você olha uma linda manhã de outono, sol tímido mas persistente e nenhuma nuvem no céu. Deitando-se em sua cama para passar o dia ali seria um crime contra a natureza.

Ela acaba de te dar um dia com o clima perfeito para você não ter uma rotina. E você na sua cama? Não! Você decide fazer algo diferente: Conquistar O Senhor do Vale.

O Pico Jaraguá, ou, O Senhor do Vale, como chamavam os índios, tem majestosos 926 metros de altitude. Ao seu lado, um dos seus irmãos tem 896 metros. Do seu cume, se contempla uma área de mais de 2000 km2. Vê-se do mar às cadeias de montanhas que timidamente vão avançando sobre o lado oposto no horizonte. Por que não subí-lo?

Convidei meu filho que na hora topou com entusiasmo. Almoçamos moderadamente para subirmos tranquilos e fizemos nossa mochila com água, frutas e um pacote de salgadinhos. O que mais incomodou foi o estado da estradinha mal conservada que liga a área urbana ao local. Mesmo isso deixou de ser problema quando começamos nossa caminhada.

A caminhada tem um grau de inclinação muito acentuado, o que exige muito dos músculos das pernas e das articulações dos quadris, joelhos e tornozelos. Por outro lado, tanto para uma criança quanto para um adulto são ótimos exercícios de final de semana.

Paramos algumas vezes para sentar, respirar e tomar uma água que persistia ficar geladinha para nossa sorte. Depois de muita conversa sobre pedras, estradas, bois, plantas, rios e tudo mais, uma hora e quinze minutos depois, alcançamos o topo. Lar das antenas e de algumas das rampas de voo livre da cidade, O Morro das Antenas.

Nos deitamos na grama, depois sentamos para apreciar o Vale. Mostrei onde eram os principais pontos da cidade, achamos nossa casa, vimos o mar, ao longe, tentamos ligar para a MI e comemos nossas frutas e salgadinhos. Tiramos algumas fotos para mostrar para a Mi. Mas o frio de lá de cima fez-nos descer algum tempo depois.

Na descida, mais exercícios fortes para as pernas e quadril, alguns escorregões nas pedras soltas e, FELIZMENTE, num tempo bem menor, desabamos sentados no carro. Aquele conforto macio do banco era tudo que precisávamos.

Mais um golinho de água e descemos o restante do percurso de carro até voltarmos para casa. Desabei na rede enquanto contávamos para a Mi e para a minha surpresa o Victor já corria atrás da Tarsila ou vice-versa, meu cansaço não me deixava ver direito.

Como algo tão prazeroso como passar uma tarde com o filho e ver um local lindo pode ainda queimar 900kcal e fortificar os músculos?

O que podia ser um dia no cama comendo e vendo TV, realmente transformou-se num dia perfeito.




sexta-feira, 23 de março de 2012

A Ansiedade

Por que minha carona não chega? Será que ele vai ligar? Será que engravidei minha namorada? Será que nessa eu vou me ferrar, ou me dar bem? Será que vou cair na malha fina do IR?

O que todas estas perguntas têm em comum? Uma palavrinha que está por trás delas, a ansiedade. É um tanto difícil precisar de onde ela vem ou por que surge, mas, creio que não é errado dizer que é um sentimento que reflete a preocupação com alguma coisa.

Um fato acontece, ele te preocupa e você passa a pensar na forma de sanar esta preocupação. À medida que você não faz nada a respeito a não ser refletir sobre o assunto, ou, as ações que você toma não resolvem o problema, a ansiedade vai se tornando mais forte.

Outro aspecto que parece estar ligado à ansiedade é o sentimento de falta de algo. Eminentemente a falta de uma resposta ou definição. De novo, o nosso interessante computador movido a glicose, o cérebro, está por trás de tudo.

Tudo o que a mente consciente faz, ou seja, tudo o que pensamos vai refletir na mente dita inconsciente, ou seja, naquela porção do cérebro que controla o corpo e sobre a qual não temos ação. Afinal, se estamos nervosos os batimentos cardíacos disparam e ficamos ofegantes, se estamos calmos eles diminuem.

O desenvolvimento de algumas doenças está ligado ao estado de humor, ao pessismo. Também não são raros os casos em que um cônjuge morre pouco tempo depois do outro, em geral de tristeza. Isso acontece até mesmo aos animais que ficam sem seus donos.

Voltando à ansiedade, não é difícil presumir que esta "falta de algo" será suprida de alguma forma pelo cérebro. É aí que entram as refeições oportunistas. O que o Imposto de Renda ou a namorada potencialmente grávida tem a ver com um saco de 1kg de amendoins cobertos com chocolate? Nada, mas lembremos que esta resposta física é dada por uma porção do cérebro que não raciocina muito bem.

Só que nós podemos controlar um pouco esta porção do cérebro da mesma forma que controlamos seres que não pensam direito como um cachorro ou uma criança. Quando eles fazem algo de errado nós os repreendemos. Quando eles repetem o erro, retiramos algo que eles gostam, como punição.

Ter a disciplina para fazer isso com você mesmo é o grande desafio, mas é possível. Como eu disse aqui algumas vezes, demora um pouco para conseguir, mas depois, vira um comportamento automático.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Por Que as Esposas Ganham as Brigas dos Maridos?

Atenção persistência são tudo.

Funcionamos baseados em rotinas. Isto significa que tudo o que fazemos tem um motivo, uma razão, uma ideia por trás. Se esta regra é quebrada, ou seja, se há ação sem pensamento ou pensamento sem uma ação, aquele que existe se consome até sumir.

Imaginem um marido e uma esposa brigando, sei lá, por causa do canal da TV. A mulher quer ver novela e o marido futebol. Quem tem razão? Os dois têm as suas razões assim como os dois têm suas culpas. Não há certo ou errado. E quem vence? 99,99% dos casos é a mulher, mas a "regra" deveria ser aquele que tem argumentos mais fortes.

Quem tem argumentos mais fortes? Aquele que percebe melhor o acontecimento e as variáveis à volta. Aquele que presta mais atenção. Só isso? Não. De que adiantaria ter os melhores argumentos e perceber melhor a situação do que os outros se a pessoa não usa isso? Portanto, é necessário transformar este conhecimento da situação em ação.

Voltando ao exemplo, a mulher abre a matraca e começa a falar que trabalhou muito, que está cansada, que ela cuida de tudo e o homem não faz nada por ela, etc. Ela dispara uma metralhadora de argumentos a esmo até que um deles atinja o homem, que geralmente não tem paciência para discutir coisas que julga fúteis e não quer a mulher enchendo o saco dele por dias, só porque ele viu futebol na hora da novela, uma vez que fosse.

Além da atenção, notamos outro ingrediente na receita que se chama insistência. Este par de ferramentas é capaz de resolver quase tudo na vida.

Suponhamos que você quer fazer uma bolsa. Você presta ATENÇÃO na revista, no site, na aula e PERSISTE em replicar o que aprendeu costurando e desmanchando até acertar.

Ou você quer fazer prateleiras na garagem? Você corta, recorta, prega, fura até compreender a forma mais fácil, obviamente que você chega a isso apenas prestando ATENÇÃO no que está fazendo. Então você INSISTE no que deu acerto até que termine as benditas prateleiras.

Se faltar um dos dois você vai falhar certamente. Lembre-se que a ATENÇÃO é análoga ao pensamento assim como a INSISTÊNCIA é à ação. Quem acompanha o blog talvez se lembre do sábio mote de São Bento: "Ora et Labora". Que em suma diz praticamente a mesma coisa que: "Esteja atento e persista", só esta última, nao tem a roupagem dogmática e religiosa do mote de São Bento.

E onde entra a dieta em tudo isso? Fazer dieta é fazer isso, simples assim. Se você faz coisas a esmo sem pensar, como passar longos períodos sem comer, comer apenas vegetais e correr mais do que o corpo aguenta não vai dar certo. Medidas extremas e obcessivas são ineficientes em algum ponto, portanto, faltará a ATENÇÃO sobre o que se está fazendo e a falha estará lá te esperando.

Da mesma forma, se você vai à nutricionista, elabora um cardápio ideal, vai a um personal trainer que te faz um programa de acordo com o seu corpo e gostos e...? Você para depois do primeiro churrasco que é convidada, pula os dias, acha complicado, diz que não dá tempo... Pronto, faltou a INSISTÊNCIA e você falhou.

O caminho, parece ser o de estar com as antenas ligadas para tudo que acontece com o seu corpo e
persistir trabalhando no que está certo e corrigindo o que não está.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Lazer Emagrece?

Fiz aniversário no final de semana que passou e resolvi deixar as preocupações alimentares de lado. Está certo que eu já automatizei a grande maioria delas, mas, dei-me ao luxo de deixar a coisa correr solta. Nem a minha inseparável "carcereira", a balança, eu deixei participar esta semana.

Neste final de semana fui raptado pela Mi para ficarmos isolados do mundo. Fomos parar em um lugar que amamos, o centro histórico de S. Francisco do Sul. Um lugar de casas seculares e parado no tempo. Primeiro andamos um pouco debaixo do sol escaldante para, claro, a Mi comprar artesanato local nas pequenas lojinhas localizadas nas casas históricas. Nada de "dieta financeira" para a Mi e sua carteira. Só nesta caminhada de meia hora já secamos uma garrafa de 1,5L de água mineral.

Depois fomos a um restaurante no antigo mercado municipal que tem uma plataforma de frente para o mar. Lá sentamos e ouvindo uma simpática e suave música ao vivo, ficamos bebendo um pouco. Depois de algumas horas saímos dali e resolvemos ir para a praia. Na praia beliscamos uns camarões, bebemos mais um pouco, nadamos e fomos descansar.

Jantamos mais camarões, saímos para tomar um sorvete e depois voltamos para a clausura. Ontem um café da manhã reforçado, voltamos à praia para mais um pouco de diversão na água e finalmente voltamos para casa.

Fomos jantar um delicioso macarrão caseiro que a Mi fez lá pelas 20hrs. Eu comi um prato imenso. Finalmente fui me pesar antes de dormir e para a minha surpresa havia voltado 0,5kg mais magro do que havia saído de casa.

Qual foi o segredo para beber cerveja, comer camarão alho e óleo, tomar sorvete, comer pães e bolos no café da manhã, ainda por cima me acabar no macarrão caseiro e ainda assim conseguir emagrecer?

Na verdade são dois segredos, o volume estomacal reduzido e a atividade física. Comi tudo isso num volume suficiente para ficar satisfeito. Sem pressa, conversando, mastigando bastante, o cérebro é avisado pelo estômago bem antes que você coma mais do que deve.

O estômago é elástico. Nas pessoas obesas ele é dilatado ao ponto que o obeso necessita muito mais comida para enchê-lo que uma pessoa magra. E esta dilatação ocorre justamente por causa da alimentação além do necessário. É um círculo viciosos. Justamente por essa razão fsica é que muitos obesos optam por fazer a cirurgia bariátrica, para reduzirem seus volumes estomacais.

O que elas não precebem é o fato que isso pode ser conseguido naturalmente com a restrição da alimentação por tempo prolongado, ou seja, com dieta. Quem chega neste resultado pela dieta acaba percebendo melhor seu próprio estômago e aprende a "dar ouvidos" ao que ele diz ao cérebro.

Outra coisa determinante é o que você faz com o teu tempo de lazer. Gostos não se discutem, mas será que só o ócio na TV dentro de casa e o balde de pipoca ao lado podem te deixar feliz? Será que não existe nenhum tipo de lazer para você que não envolva comida?

Eu saí com a Mi para me divertir. Comer eu como sempre, não há novidade nisso. Nossa atenção estava voltada para aquilo que não fazemos com tanta frequência, como estar no lugar que gostamos, ouvir a música que ouvimos e o papo agradável e inexplicavelmente incansável que temos. Naquele tempo eu não estava nem um pouco preocupado em comer, mas comi muito bem e sem culpas, pois comer não era minha preocupação principal.

A comida não sai voando das estufas da lanchonete ou das prateleiras do mercado para se enfiar nas nossas bocas. Somos nós que vamos as buscamos. Se pararmos para pensar é esquisito nos deixarmos controlar por uma coisa inanimada. Nós é que devemos controlar a comida e não o inverso!

Um dos caminhos que encontrei para isso foi justamente o de não dar tanta atenção a ela como hoje dou a coisas bem mais importantes e gratificantes que um estômago dilatado e cheio. Outra coisa foi inserir novidades na vida. Toda vez que você faz algo novo e diferente você foca a sua atenção na novidade e a comida passa de ator principal a quadjuvante ou até contrarregra.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cabo de Guerra

Lembra da brincadeira de cabo de guerra? Aquela que você finge que vai puxar a corda com toda a força e na hora "H" você a solta para seu adversário cair de bunda no chão.

Vamos imaginar, no entanto, que ela está sendo praticada da forma certa, e mais, dentro da sua cabeça. Psicanalistas, psiquiatras, psicólogos, filósofos, religiosos, místicos, alquimistas e tantos outros sempre tentaram segmentar a nossa cabeça. Não como o Hanibal Lecter em pedacinhos físicos, mas como Freud, em pedacinhos conceituais.

O pai da Psicanálise, Sigmund Freud, adotou uma metodologia interessante. De um lado do cabo de guerra ele colocou o Id. O Id é aquela voz interior que te diz para atacar o bolo inteiro, render-se aos prazeres da carne tanto a carne para alimentação quanto aquela outra... e para soltar a corda para seu adversário bater a bunda no chão. Enfim, o Id é aquela diabinha gostosa de biquini ou aquele diabão musculoso de sunga (dependendo do gosto de cada um), puxando a corda para um lado.

Do outro lado da corda claro que temos que ter o anjinho, todo vestido e comportado. A ele, Freud deu o nome de Superego. É a voz oposta que te diz que se você comer o bolo inteiro você vai passar mal e engordar, que a carne faz mal (ou bem demais...) e que você não pode soltar a corda pois é contra a regra do jogo, mesmo que isto signifique bater sua própria bunda no chão.

Cada vez mais acho que Freud tinha alguma "treta" com a mãe dele, pois, segundo seus estudos o Superego nasce das noções de autoridade, hierarquia e dos sentidos de certo ou errado, implantados pelas mães na infância. Já o Id seria a criança original, sem este discernimento.

Observando o meu filho Victor e suas 5 bananas diárias, os pratões que ele bate nas refeições e os petiscos nos intervalos, tenho certeza que o Id existe, e na cabeça dele o Id deve estar pisoteando a cabeça do Superego, mas tudo bem, afinal ele ainda é criança de fato e de direito.


Mas existe, na visão de Freud, um terceiro elemento, o Ego. O Ego é o juiz da nossa brincadeira de cabo de guerra. É ele que fica observando se a fitinha no meio da corda passa do ponto que dá a vitória a alguém.

Como o Ego faz isso? Ele dá uma olhada ao redor, pois o que o meio externo espera pesa muito na decisão. Se mais pessoas vão compartilhar do bolo, ou daquela carne saborosa, não vamos atacar de uma vez, certo? O que está ao redor, portanto, é a primeira coisa para a qual o Ego vai olhar.

Nem tudo o que o Id te diz para fazer é errado, assim como nem tudo o que o Superego te diz para não fazer é certo. O Ego nesta história decide o que sai da cabeça e vira realidade e o que fica lá dentro remoendo e fazendo você ficar paranoico. Tudo baseado no que o meio ao nosso redor diz e nas nossas experiências anteriores.

Você nunca vai entender de onde vem os desejos do Id. Ele é aquele programa que já vem de fábrica na tua cachola, portanto, você vai conviver com ele a vida toda. Já o Superego pode mudar constantemente. Para ilustrar isso, uso uma frase do filme Advogado do Diabo que diz mais ou menos o seguinte:

"A culpa, é um pesado saco de tijolos que levamos nas costas. Tudo o que temos a fazer é largá-lo."

O Superego age pesadamente a partir do mecanismo da culpa, das "consequências nefastas" de dar vazão ao Id que é nossos instintos, desejos, aquilo que nos satisfaz. Quando largamos o saco, festa! Quando decidimos carregá-lo, trabalho...

Cada decisão numa dieta, por exemplo, é um round na disputa de cabo de guerra entre o Id e o Superego. O esforço da disputa sempre vai existir e não há como fugir. No entanto, a boa notícia é que você mesmo (ou seu Ego) decide o lado vencedor.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Síndrome de Pinscher

Este final de semana cheguei à conclusão que a obesidade e a necessidade de emagrecer não são questões fixas, preto-no-branco, e sim, como quase tudo na vida, são questões referenciais.

Antes de falar sobre isso, vou narrar o que vinha acontecendo ao longo dos dias e que culminou neste meu insight.

Temos um pequeno bebê em casa, que já deve estar chegando aos seus 40kg. Em homenagem à grande Tarsila do Amaral (pintora que a Mi, minha esposa, e eu admiramos), demos o nome de Tarsila à nossa pequena bezerra da raça labrador. Tão pequena que quando ela e o Victor, meu filho de 7 anos, estão rolando no chão, não se sabe quem é quem, quase como naquelas nuvens que envolvem os personagens que brigam nos desenhos animados.

No começo, como qualquer outro filhote, era óbvio que ela iria destruir tudo. Assim, ela destruiu as petúnias que plantamos, masigou dois pinheiros, dois sinos, derrubou diversos vasos e assim por diante. Arrumamos tudo novamente e passamos a prendê-la, como se faz com os criminosos (ou pelo menos como se deveria fazer).

Algumas semanas depois, a pequena mamute se encontra mais calma, no entanto, ela não deixou de fazer m...

Estamos ultimamente restituindo a liberdade dela. Assim, ela está de "condicional" perambulando pelo quintal e sala em horários vigiados. Não estou reclamando dela, pois, ela está obedecendo. Se ela vai mexer onde não deve e pedimos que ela pare, ela obedece, só que ao sentar-se ou sair do local, ela acaba levando tudo ao redor dela.

Se acendemos uma vela sobre a mesa, ela com seu quase 1,5m de alura em pé sobe na mesa, derruba a vela e a mesa. Se cortamos algum alimento que ela vê e deixamos sobre a pia, ela faz a mesma zona da pia tentando roubá-lo. Se as fruteiras estão cheias, é óbvio que um simples cutucão dela vai levar tudo ao chão e aí ela se esconde num canto para roer uma batatona crua.

Concluí então que ela está com uma doença que eu apelidei de Síndrome de Pincher. Sim, pincher, aquela raça de cães que parece uma ratazana. Ela é um monstrengo, mas pensa que é um cãozinho de apartamento. Inclusive ela corre de outros cães na rua, os quais ela poderia espantar só com o bafo de onça dela.

É aí justamente que entra o paralelo que eu tracei com a questão da obesidade. Você é aquilo que você pensa que é ou aquilo que os outros te dizem que você é? Sou da opinião que você é quem decide aquilo que você é.

Se você se vê gorda, emagreça. Se não se vê, fique como está. Obviamente que somos influenciados por diversas opiniões de diferentes fontes, mas em suma, quem decide ou não sobre o seu destino é ninguém mais ninguém menos que você.

Tentar emagrecer porque os outros te dizem ou te mandam, simplesmente não funciona. A coisa só pode ser definitiva se você tiver plena convicção que é aquilo que você precisa. E por paradoxal que isso possa parecer, esta consciência vem também das percepções dos outros.

Estar atento ao que se passa à sua volta bem como voltar-se para si criticamente podem te levar de labrador a pincher e vice-versa.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Metabolismaratona

O que é este bendito do metabolismo? Há alguma desinformação nisso, mas, resumindo, é o processo através do qual seu organismo transforma alimentos em energia.

Para que seu corpo precisa de energia? Para movimentar todos os seus músculos, para pensar, produzir novas células, fazer a digestão... Ou seja, tudo o que você faz com o seu corpo demanda energia.

Imaginemos que você fique na cama o dia todo, e use esta energia apenas para piscar os olhos e respirar. Mesmo assim, você terá gasto neste dia cerca de 1600 kcal, o que equivale a 4 fatias de pizza! Este gasto é o tal do metabolismo basal, que nada mais é que o gasto mínimo de energia só para manter o seu corpo vivo.

Saindo da situação extrema de ficar semi-morto numa cama o dia todo e passando a uma situação real, um dia comum, o gasto basal pula para 2400 kcal! Isto não é nada mais nada menos do que 7 pedaços de pizza!

Veja as fórmulas para calcular este consumo de calorias que felizmente não temos como escapar:

http://www.linhabioslim.com.br/tmb.asp

Por que não passar o dia deitado e comendo pizza então? Primeiro que o colesterol das pizzas iria entupir suas artérias em pouco tempo. Segundo, que metabolismo tem a sua velocidade que é ditada por inúmeros fatores.

Os mais importantes são a frequência dos exercícios, a quantidade de músculos e obviamente a alimentação.

É interessante notar que o tipo e a intensidade dos exercícios não são tão importantes quanto a frequência que você os faz. Isto porque o corpo possui um tipo de "inteligência" que aprende que sempre há aquela carga de exercício, consequentemente haverá uma necessidade maior de energia e assim o metabolismo deve acelerar.

Já a questão dos músculos é explicada porque ele é um tecido vivo, ou seja, ele respira , portanto, necessita de sangue. Quanto mais sangue e oxigenação mais ele necessita de energia. Comparando, a gordura é composta de células inertes, que não demandam energia para existir justamente por serem um certo tipo de reserva de energia.

Finalmente a alimentação também influencia de várias formas. Já ouviu falar dos tais dos alimentos termogênicos? São alimentos difíceis de ser digeridos, assim, o sistema digestivo trabalha mais para fazer a própria digestão, gastando assim mais energia. Segue um link mostrando alguns:

http://www.minhavida.com.br/conteudo/13320-conheca-sete-alimentos-termogenicos-que-te-ajudam-a-emagrecer.htm

A estes somam-se outros que são tão pobres em calorias que você gasta mais energia para mastigá-los, digerí-los e eliminar seus restos do que ele pode fornecer de energia. Mas não espere muito destes, pois, são em sua grande maioria verduras, frutas e legumes...


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sobrevivendo ao Ócio.

Você conhece o Garfield?

Imagino que sim, por isso pergunto:
Por que será que ele come tanto?


Cada um tem sua opinião, eu acho que é porque ele é vadio. Explico. O que ele faz além de atasanar o cahorro e o seu dono? Come. E quando ele não faz uma coisa nem outra, com que ele se ocupa? Não se ocupa com nada porque ele é um vagabundo de marca maior.

Não que eu não goste dele, afinal, quase todos nós odiamos as segundas-feiras e apreciamos
uma boa lasanha. Inclusive, creio que temos muito mais em comum com ele do que pensamos.

O que você mais gosta de fazer quando está na sua poltrona vendo TV? Ou mesmo quando não há nada na TV de interessante e você está com preguiça de sair de casa, onde você vai?

Ou se você está de férias, sem a sua esposa te açoitando as costas para você arrumar as coisas quebradas em casa ou o seu marido pedindo comidas e outras coisas que tomam o teu tempo?

Se você respondeu "geladeira", "comida" ou "comer" a alguma das perguntas anteriores, parabéns, você entrou para o time do Garfield.

O ócio, ou a falta do que fazer, para ser mais claro, é uma grande armadilha para comermos desnecessariamente.  Já tratei do mesmo assunto com algumas perspectivas diferentes em outros tópicos, mas, a ideia central é:
- Fazer o que quando não se tem o que fazer?


Qual a diferença prática entre você pegar um saquinho de amendoins ou ler um livro quando você não tem o que fazer? Vai me dizer que você sempre sente fome justamente quando está relaxado, sem atividades? Seria muita coincidência.

Sou da opinião que criamos este comportamento, de lembrarmo-nos do buraco que ronca no estômago justamente quando não temos com o que mais nos ocupar. Criamos um comportamento sem motivos aparentes e não conseguimos nos desvencilhar dele.

Para se livrar desta "escravidão mental", eu, por exemplo, sigo alguns passos básicos:
1- Identificar se você age assim, ou seja, se quando você está coçando o saco você já puxa aquele pacote de amendoins de lado ou então abre uma latinha de cerveja;
2- Quando você se pegar indo por este caminho busque algo diferente. Eu, por exemplo, vou arrancar mato do jardim, conversar com a Mi (minha esposa), brincar com o Victor (meu filho) e assim por diante;
3- Fazer as refeições nos horários regulares. Qualquer que eles sejam, faça seus horários e mais importante, respeite-os.


No começo é difícil, parece até tortura. Depois a coisa evolui para um estado em que você já foge da armadilha na maioria dos casos, mas algumas vezes ainda sente aquela vontade incontrolável de praticar algum deslize. Finalmente se chega ao estado que você mudou o seu comportamento, portanto, nem passa mais pela sua cabeça desentocar aqueles amendoins.

Vá em frente e tente, é fácil, só que não é imediato... Assim como sobreviver a uma segunda-feira.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vontade Torta

Imagine que você vai fazer uma torta. Uma daquelas tortas salgadas de liquidificador, sabe? Daquelas que não tem como errar.

Se você se dispõe a isso, é porque  você tem vontade de comer a torta. Tudo se inicia com aquela vozinha no fundo da sua cabeça dizendo para você comer, lembrando do buraco que ronca no seu estômago.

Depois disso, você imagina o que te satisfaria. Você vai do brigadeiro de panela à torta salgada passando por salgadinhos, sanduíches, pizza e outras ideias. Talvez pela combinação peculiar de ingredientes que você pode juntar ao bel-prazer e dar o seu gosto personalizado à comida, você opta pela torta.

Aí você começa a cozinhar. Um pouco disso, um pouco daquilo, testa este, coloca aquele e sai a sua massa. A ela você junta o recheio que gosta e coloca para assar. Por mais que você se esforce para seguir a receita e cuide dos detalhes, eles são muitos, por isso o erro é iminente.

Assar então, uma arte. Tão ou mais importante que juntar os ingredientes é saber quando os ovos estão cozidos, a farinha hidratada e os demais ingretientes fritos ao azeite ou óleo. É um ponto muito delicado e tênue que separa o sucesso do fracasso ao assar a torta.

Finalmente ela está pronta. É hora de saciar aquela fome e assassinar a torta. Ao terminar, passando a mão no seu estômago, saciado ao extremo, você se pergunta:

- O que eu comi?

Eu arrisco responder que você comeu sua vontade.

O que isto significa? Que você tomou ações para concretizar uma ideia de matar sua vontade.

A grande questão para emagrecer, entendo que é justamente como dizer não à sua vontade.

Como fazer isso? Esta é uma fórmula muito complexa e muito individual, no entanto, fazemos isso diversas vezes e por diversos motivos. Afinal, deixamos de comentar para não magoar, deixamos de fazer para não errar, deixamos de mudar para sentir-nos mais seguros...

Dizemos não à nossa vontade, em suma, por almejar uma vontade maior. Não magoar alguém amado é mais importante que dizer algumas verdades, a vergonha de errar é maior que a vontade de fazer e assim por diante.

Para dizer não àquela torta, portanto, é preciso dizer sim para algo mais importante que ela.

- O que é esta coisa? - Você se pergunta.

Isso só você pode responder, mas tenho certeza que ela existe em cada um de nós.

Vamos por Partes

Imagine que você tem um bolo bem gostoso, inteirinho à sua frente. Sim, aquela tentação materializada com chocolate, creme, morangos ou qualquer outra coisa que seja um atentado de prazer ao palato. Esqueça a dieta, caso você esteja em uma e reflita sobre o que você faria com ele?

Primeiramente imagine comendo-o vorazmente. Você enfia o rosto ali e só tira no momento em que precisa respirar. Como consequência, o tal bolo é dilacerado e some em pouco tempo.

Agora imagine uma segunda situação, em que você come uma pequena fatia por dia do mesmo bolo. Na hora em que você está de bobeira no sofá ou quando a paranoia por doces te ataca, você vai lá no bolo mas se limita àquela pequena fatia.

Em qual situação parece haver mais bolo?

Agora esqueça o bolo por um instante e pense em outra coisa que nos causa tanta ou mais obcessão, o dinheiro.

Suponhamos que você receba salário apenas uma vez por mês e tenha que se virar com ele. Na primeira suposição você vai à forra, compra roupas novas, vai o mercado e compra tudo o que precisa de uma vez só, sai para fazer festas, ou seja, você torra tudo rápido. Já na segunda suposição, você vai analisar suas despesas e criar várias "contas" como alimentação, combustível, escolas das crianças, remédios, emergências, etc. Em cada uma você vai destinar um pouquinho de dinheiro e guardá-lo até que você necessite.

Pergunto novamente, em qual situação parece que você tem mais dinheiro?

O que acontece quando você provisiona aquilo que você tem disponível é que você automaticamente estende a duração da coisa. Quer mais um exemplo? É melhor uma "rapidinha" ou uma "demoradinha"?
Na verdade as duas modalidades são boas, mas o que dura mais, em geral é melhor.

Procurar levar esta filosofia às refeições ordinárias do dia e o efeito será semelhante. Eis alguns benefícios:
- Mantém comida no estômago por mais tempo, aumentando a saciedade;
- Reduz a absorção de nutrientes ajudando no emagrecimento. O corpo "aprende" que tem comida em intervalos regulares, assim, ele não se "preocupa" muito em reter os nutrientes;
- Evita que você "belisque". A alimentação fora de hora é um dos piores hábitos contra o emagrecimento.
- Reduz a ansiedade. Barriguinha cheia sempre, tranquilidade, não se pensa em comida.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Caindo n'Água.

Verão está aí e temos ainda um bom tempo com sol e calor. Gostaria de falar um pouco sobre um ótimo esporte, mais popular talvez no verão e que dá excelentes resultados no processo de emagrecimento, a natação.

Podemos destacar a natação como um esporte completo que trabalha praticamente todos os grupos musculares, ou seja, ajuda bastante na queima de gordura localizada, que é uma grande vilã para quem deseja emagrecer.

Além disso, como os movimentos são feitos na água, ela dá uma ajudinha mágica de te empurrar para cima, o tal do empuxo. Por isso, você não dá com os ossos no chão duro como numa corrida. A natação, portanto, não causa impactos nas articulações. Há, porém, uma preocupação com os ombros pois são muito solicitados em alguns estilos e mesmo sem o impacto propriamente dito, o esforço repetitivo pode levar a uma lesão.

Além do trabalho muscular que se faz em função da força que temos que fazer para vencer a água, a natação também é um ótimo exercício cardiorrespiratório, ou seja, ele demanda uma grande quantidade de oxigênio para dar energia aos músculos. Com isso, você respira mais e aproveita melhor o oxigênio e consequentemente faz seu coração bater mais para levar oxigênio mais rápido.

Veja seus principais benefícios:
 - Fortalecimento dos músculos envolvidos na respiração.
 - Fortalecimento e aumento do músculo cardíaco.
 - Tonificação da musculatura.
 - Diminuição da pressão arterial.
 - Elevação do número de células vermelhas do sangue.
 - Melhoria da circulação sanguínea.
 - Elevação das reservas de energia nos músculos, o que aumenta a resistência.
 - Aumento do fluxo sanguíneo nos músculos.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Exerc%C3%ADcio_aer%C3%B3bico

Os segredos para os exercícios cardiorrespiratórios são a intesidade moderada e a longa duração. Isto se faz necessário para que o organismo busque esta energia de que os músculos necessitam diretamente nas nossas reservas de gordura, portanto, nos ajude a emagrecer. Você pode ainda turbinar seu treino usando palmares e pés de pato que aumentam a resistência ao movimento na água, solicitando mais força e consequentemente consumindo mais energia.

Eu fazia três seções semanais de 1h 15m durante minha dieta (corrida, não natação). É muito, mas eu não cheguei neste tempo de um dia para o outro, fui aos poucos. É importantíssimo, quando estamos "malhando o coração" que aumentemos aos poucos. Assim fica a dica para que quem deseja começar procure um médico cardiologista para verificar a condição física atual e saber até onde se pode chegar.

Outros exercícios similares são a corrida, hidroginástica e o ciclismo. A corrida é a que mais emagrece, mas os impactos nas articulções são fortíssimos e a queima de gordura localizada pequena. O ciclismo é o que menos queima globalmente, no entanto, não tem impacto e queima uma grande quantidade de gordura localizada nas coxas (pelo menos para mim). Já a hidroginástica é bem similar à natação, ou seja, grande queima global e local com a vantagem de ser mais fácil de praticar, ou seja, não é necessária uma piscina grande ou uma técnica apurada.

Mais do que praticar um exercício pelos seus benefícios, sou da opinião que temos que praticar aquilo que nos agrada. Se você inventar de fazer algo que para você é chato, repetitivo e cansativo, a chance de você parar é grande, aí o trabalho todo foi por água abaixo.
Numa dieta tudo passa pelas escolhas e buscas de alternativas agradáveis para não tornar a coisa inviável.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Tiozinho Pé-de-Cana

O carnaval passou e agora vou tocar num assunto delicado para alguns, bebidas alcoólicas.

Quem acompanha o blog já deve ter visto a tabelinha abaixo:

1 grama de carboidrato: 4 calorias
1 grama de proteína: 4 calorias
1 grama de gordura: 9 calorias
1 grama de álcool: 7 calorias
Fonte: http://www.endocrinologia.com.br/html/entendendocalorias.htm

Eu a usei para falar da campeã, as gorduras. Agora vou falar da vice, que chega bem perto. Para chegar lá vou usar como exemplo um tiozinho hipotético. Imagine um simpático senhor de meia idade, bigodão  e aquela esfera abdominal brilhante que ele exibe com todo o orgulho. Quase todos temos um parente ou amigo assim.

Você fica até imaginando quanto tempo ele deve ter levado para chegar naquela linda e volumosa barriga, não deve ser fácil, ele deve ter se dedicado bastante ao longo dos anos.

Aí vocês começam a conversar sobre alimentação. Ele confessa que odeia doces, que o negócio dele são as comidas salgadas, carnes principalmente, mas ele bate também uns pratões de feijoada, rabada, dobradinha, e às vezes massas.

Mas o tiozinho diz que mantém seu peso estável e que está feliz como sua forma física. Não duvidaria, pois, suas piadas costumam ser muito boas e ele está sempre transpirando felicidade.

Uma dieta basicamente de proteínas não é propriamente calórica. Note que pela tabelinha as proteínas são o tipo de alimento que menos tem calorias por unidade de massa. O segredo do tiozinho manter sua barriga magnífica não é difícil de entender, o tiozinho enxuga tudo o que vê pela frente.

Veja as comparações de calorias:
1 lata de cerveja = 1,5 filets de frango
1 caipirinha = 3 latas de sardinha
1 dedo de uísque (dedo deitado, não de pé!) = 1 coxa de frango
1 cálice de vinho = 1 bife grelhado

Claro que quando se bebe, geralmente não é uma dose apenas, e é aí que o problema está. Quem tem o hábito de tomar 12 latinhas de cerveja numa noite, por exemplo, o que não é nada para muitas pessoas, está ingerindo o equivalente a 1kg de frango!

Bebidas alcoólicas são usadas em essência de forma bem similar às comidas em excesso, ou seja, se bebe pelos mesmos motivos que se come. Seja por tristeza, por alegria, angústia, para ficar relaxado, falar a verdade, chegar em algum(a) pretendente, para dormir ou por qualquer motivo ligado a um sentimento, qualquer que seja também.

Pense bem, não dá para lidar com os mesmos sentimentos conversando, brigando, fazendo exercícios, sexo ou qualquer outra coisa que não esteja ligada necessariamente a comer ou beber?

É fato que todos precisamos da nossa válvula de escape, ou seja, precisamos fazer aquela coisinha que sabemos que é errada muitas vezes para aliviarmos o stress que é tão comum na vida moderna. Mas será preciso comer como um porco ou tomar bebidas alcoólicas em excesso para isso?

A busca de alternativas é uma das melhores dicas possíveis. Fazer substituições do que é ruim por algo "não tão ruim" pode fazer a diferença entre a barriga de tiozinho e uma vida mais saudável.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Desculpas Esfarrapadas

Cansei de ser bonzinho e ficar só dando incentivos para quem quer emagrecer. Hoje vou colocar o dedo na ferida, ou nos pneuzinhos, como queira.

Elenquei aqui uma pequena lista de desculpinhas esfarrapadas que os gordinhos usam, e eu, como ex-gordinho, confesso que já usei bastante também...

- Não consigo emagrecer porque meu metabolismo é lento.
Resposta: Claro que é lento, você enfia o pé na jaca e o mais próximo de um exercício que você faz é abrir a latinha de cerveja... Comece a mesclar exercícios de força (como musculação) com exercícios cardio-respiratórios (como corrida) e troque a breja por água para ver se você não acelera o metabolismo e começa a secar!


- Tenho ossos grandes.
Resposta: E tem mesmo. Se não tivesse seria como fazer um prédio com vigas de bambu em vez de aço. Mas isso não é desculpa, pois, os ossos representam no máximo 15% do peso da pessoa, ou seja, quase nada, considerando que uma pessoa normal tem praticamente isso de gordura também. O peso está é no picolé, não no coitado do palitinho.


- Minha obesidade é de origem genética.
Resposta: A genética até contribui com algumas TENDÊNCIAS, mas, não é ela que te faz ser gordo ou não. Se você vê teus pais se entupindo de amendoins, cerveja e doces, é claro que você vai achar isso normal e provavelmente vai levar isso para sua própria vida. Para citar meu exemplo, meus pais são obesos até hoje, eu emagreci há dois anos e mantenho meu peso sem sacrifícios, portanto, isso não é desculpa.


- Tenho problemas de tireoide.
Resposta: Primeiro, você sabe o que é tireóide e para que ela serve? Segundo, você já fez os exames de T3, T4, TSI, TSH, etc.? Se você respondeu não a alguma destas perguntas, reavalie seus conceitos, afinal, uma pequena minoria dos casos de obesidade é creditada a doenças da tireoide.


- Não como nada, mas não consigo emagrecer.
Resposta: Das duas uma, ou você come escondido ou realmente você come pouco e se exercita menos ainda. Tente recontar suas calorias gastas (basais e exercícios) e ingeridas (o quanto você come) para verificar onde está o problema. A regra é clara, gastar mais do que se consome emagrece e gastar menos do que se conseme engorda.


- Tenho problemas de saúde que me impedem de fazer exercícios.
Resposta: Isto até pode ser verdade, mas existem exercícios e exercícios. Será que não existe nenhum que você possa fazer? Procure seu médico e explique seu problema para tentar chegar a uma solução.


Acho que a ideia de culpar algo ou alguém é a forma mais fácil de se livrar de um problema ou de um peso na consciência, mas não na barriga. Por isso o meu método é individual, ou seja, você firma um compromisso com você mesmo. Mentir para si mesmo não é meio esquisito, certo?

Partir do pressuposto que o culpado pela sua obesidade é você mesmo pode ser difícil na maioria dos casos, mas é fundamental para que você possa tomar ações para reverter a situação, ou seja, para que você tome vergonha na cara.

Agora se você pensa de outra forma, que o problema não é seu, pense também na piadinha:

O velho homem está à beira da morte no hospital quando fala à sua esposa:
- É minha velha, quando eu perdi nossa casa na roleta, você estava lá;
- Quando eu destruí nosso carro bêbado, você estava lá;
- Agora que contraí esta DST na rua estou aqui, em estado terminal, você está aqui.
A esposa toda amável então diz:
- Não pense nisso agora, meu velho. Descanse.
Ao que o velho responde:
- Descanse o cacete. Vai dar azar assim no inferno, sua velha!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Casa 93.

Gostaria de postar o link do meu primeiro projeto, um conto que cresceu demais e ficou entre algo como um pequeno livro ou um conto propriamente dito.

A proposta é totalmente diferente deste blog e do livro homônimo ao blog, portanto, não se assuste. A ideia é abordar assuntos, ditos, proibídos, e levar o leitor à reflexão sobre o que pode acontecer ao se lidar com eles.

http://www.clubedeautores.com.br/book/122473--Casa_93

Caindo na estrada.

Feriadão para a muita gente, que tal viajarmos um pouco?

Uns querem cair na folia, outros enfiar o pé na jaca, outros querem se dar bem com o sexo oposto (ou o mesmo, vai saber...) e outros ainda querem ficar com seus óculos de sol só fiscalizando a natureza, ou seja, coçando o saco. Calma mulheres, estou falando dum saco metafórico, que sirva para todos.

Assim, a primeira grande pergunta que temos pela frente é:
1.    Para que vamos viajar?

Respondendo à primeira pergunta naturalmente já teremos o destino em mente. Mas não é só sair atrás do trio elétrico e pronto.

Não podemos fazer como um conhecido meu da faculdade. O sujeito era um dinossauro, ou seja, estava lá há muitos anos, acho que nem ele se recordava quantos. Certo dia ele estava petrificado sentado em seu quintal, sem camisa com aquela barriguinha de cerveja para fora, aqueles calções de futebol meio rasgados e chinelos, só observando as paredes, provavelmente sob o efeito de alguma daquelas substâncias que faziam alguns dos que estudavam naquele fim de mundo lidar melhor com a carestia de mulheres e coisas para fazer.
Estava eu estudando com outro amigo, que divida a casa com este figura em questão. Chegam então alguns amigos deste dinossauro, de indumentária e estilo semelhantes, e se dá um diálogo curto e interessante:

    - Oh, fulano! Você está fazendo o que aí?
    - Ah? Eu? Estava aqui, de bobeira.
    - Estamos indo para São Tomé das Letras.
    - Beleza, vamos nessa.

O dinossauro então levanta-se e como estava sai com os amigos numa Belina velha rumo a São Tomé das Letras (uns 1000km de onde estávamos), como se fosse comprar pão na esquina. Segundo meu amigo, o tal dinossauro figura só retornou cerca um mês depois. Não perguntem o que ele fez lá e como ele sobreviveu sem dinheiro só de calções e chinelos, que acho que nem ele sabe.

Portanto, a segunda e importantíssima pergunta é:
2.    O que vamos fazer lá?

Ok, já sabemos por que ir e para que ir. Vamos colocar o polegar em riste e pedir carona correndo o risco de ter os rins roubados? Vamos ficar fritando debaixo do teto de zinco de alguma rodoviária? Ou vamos enfrentar o overbooking no aeroporto? Pessimismo à parte, temos que responder também à questão:
3.    Como vamos chegar lá?

Confesso que fui pessimista acima porque tenho inveja do resto do Brasil. Eu moro numa região maravilhosa, no norte de Santa Catarina. Aqui temos privilégios como baixa criminalidade, plena empregabilidade, e por exemplo, praticar rafting pela manhã e pegar uma prainha à tarde, ou ir a uma cachoeira pela manhã e dormir numa cidadezinha serrana que até neva no inverno à noite.

Só que isto não vale para nós no Carnaval, não mesmo. Aqui, acredite se quiser, não existe carnaval. É a noite de sexta e de sábado somente, e olhe lá. É o preço que se paga por se morar praticamente num paraíso...

Pronto, agora que a maioria já riu da minha cara por ter que trabalhar na segunda, terça e quarta de carnaval, vou ser cruel também, vamos falar sobre dieta. Hoje é suave, vou propor apenas trocar a palavra viagem por dieta.

Não imagine o dinossauro da faculdade malhando ou comendo vegetais, seria mais fácil imaginá-lo fumando-os, mas não é esse o ponto. Você acha que as três perguntas a serem respondidas se aplicariam à dieta?

Eu acho que sim. Primeiro que você só vai fazer dieta se aquela roupa não servir mais, se a sua sogra te chamar de gorda ou se você quiser fazer bonito no carnaval, certo? Então tudo nasce do motivo que te leva a criar vergonha na cara e emagrecer.

Segundo, você vai se planejar para o tanto que deseja emagrecer. Pode ser para atingir o IMC correto, para que a roupa que você quer usar finalmente lhe caia bem ou até que a tua sogra te olhe com aquela cara de inveja e você possa, com toda a propriedade do mundo, mandá-la àquele lugar que deseja tanto que ela vá.

Terceiro, como emagrecer? Meu método é o da total liberdade. Portanto, pouco me importa se você vai se entupir de anfetaminas e vai sair gritando: “Ah se eu te pego!” o carnaval inteiro sem parar. Ou se você pretende retaliar o seu estômago por dentro com alguma cirurgia. Mesmo sem estas invasões pouco me importa também se você vai comer cebolas roxas ou normais.

Calma, não estou sendo indiferente contigo embora ainda esteja com raiva por você folgar amanhã e eu não. Apenas acho que todos são grandes o suficiente para saber o que engorda ou não e que a regra dourada para emagrecer é gastar mais calorias do que se ingere.

A Mi, minha princesa-esposa, por exemplo, neste exato momento está traçando dois hamburgueres bem mal passados com molho barbecue por cima. Eu nem me importo em repreendê-la. Primeiro, porque provavelmente ela me mandaria para aquele lugar que você quer mandar a sua sogra. Segundo, porque ela já aprendeu a segurar a onda dela, portanto, ela sabe que pode comer isso agora e principalmente o que ela deve fazer depois para que isso não pese negativamente no balanço de calorias.

Assim, se as três perguntas têm respostas claras na sua cabeça, a viagem da sua dieta com certeza estará no caminho certo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Agradecimento.

Gostaria de agradecer muito o grande sucesso nestas três semanas iniciais de blog e reiterar que é um grande prazer estar ajudando ou pelo menos divertindo.

Os pedidos pelo livro estão grandes, assim, gostaria de lembrar o e-mail para contato:
engenhariadadieta@gmail.com

Escrevam também para dar opinões e deixar sugestões, todo o contato será muito bem vindo.

Obrigado!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ora et Labora

A parte mais difícil de uma dieta talvez seja lidar com os insucessos. É horrível pasar fome ou se matar na academia para concluir que você deu um giro de 360°, ou seja, que não saiu do lugar.

É complicado encontrar um motivo ou rotular a coisa de uma forma única. São muitos os fatores que nos levam a falhar na dieta. Mas, eu gostaria de ser reducionista novamente e arriscar dizer que a causa única para pararmos uma dieta é a impaciência.

Você acorda na segunda-feira, vê aquele lindo céu azul e já pensa na prainha no próximo final de semana. Decide então malhar todos os dias daquela semana e maneirar na comida, você quer estar melhor rápido, obviamente que antes do final do verão.

Sua força de vontade é grande e você consegue ir da segunda até o sábado incólume, bastante saladas, frutas e exercícios. Aí você sobe na balança e? Se decepciona. Antes de sequer se perguntar o porquê você já está com um pedaço de pizza na mão desanimada ou espumando de raiva.

Antes de qualquer reação acho que deveríamos procurar o motivo para termos ficado decepcionados. Se pararmos para pensar de forma reducionista de novo veremos também que o motivo é único:

Você esperou demais de você mesmo.

Quando temos um objetivo pela frente, como emagrecer para o fim de semana na praia ou para perder dezenas de quilogramas e mudar completamente de vida, nós depositamos muita esperença nestes objetivos e isso pode nos cegar por outro lado.

Cada um de nós é um universo completo e distinto dos demais. Resumindo este conceito, não é porque sua vizinha perdeu 5kg em uma semana que você também irá fazê-lo. Cada um de nós tem uma velocidade de metabolismo, uma genética singular.

Outro detalhe é a nossa cabeça, sempre ela. Tendemos a ser otimistas demais e achar que vamos muito mais longe do que aquilo que conseguimos ir. E se a realidade nos dá aquele cruel tapa na cara temos que tentar entender que esperamos demais de nós mesmos. Afinal, se nos decepcionamos com as atitudes de outras pessoas, por que estaríamos imunes de não corresponder às nossas próprias expectativas?

 Se você manteve ou aumentou o peso depois de uns dias de dieta e exercícios sérios, você provavelmente trocou massa gorda por magra, ou seja, banha por músculos. Se você perdeu peso, uma grama que seja, do que você está reclamando? Você já está emagrecendo!

Como diz o velho adágio alquimista (também usado por São Bento): "Ora et Labora", em português: "Reze e trabalhe". Este rezar aqui tem um sentido figurado significando mais ser perseverante do que outra coisa. Ou seja, continue na sua senda e trabalhe pelos seus objetivos que você certamente chega lá

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Que o Olho Não Vê, o Estômago Não Enche

Continuando o assunto anterior, mencionei que comemos e bebemos com os olhos. Acredito que isto seja certo, pois, eu mesmo já me flagrei colocando coisas no prato (não nos olhos), principalmente em restaurantes self-service, apenas pela beleza e bom aspecto da comida.

Logicamente que os vegetais aqui saem em desvantagem. Dificilmente você olha aquele recipiente cheio de rúcula e diz:

“Nossa, que rúcula linda, vou me esbaldar de comê-la hoje!”

É bem mais provável que você haja assim diante de uma bela lasanha, uma carne suculenta ou aquela feijoada completa. Estendendo um pouco a compreensão da coisa, não só a visão tem este papel, mas o aroma também. Por isso, começamos a nos alimentar muito antes de dar a primeira garfada, portanto, a dieta já começa no momento que você pega o prato para se servir.

Estes dias estava almoçando com um colega de trabalho, ele confessou estar com dificuldades para não pegar o doce de sobremesa. No refeitório da empresa em que trabalhamos há sempre uma opção de doce e umas duas ou três de frutas.

Ele já estava conseguindo escolher a fruta há algum tempo, mas a tentação estava grande. Meu conselho foi o mais simples possível, de que ele não olhasse o doce, ignorasse-o como se ele não existisse.

Ele deu aquela risadinha, provavelmente me achando um louco. Eu realmente sou meio louco, mas um louco do bem.

Este conselho parece algo idiota, mas funcionou muito bem comigo. Quando estava de dieta eu sempre ficava tentado a pegar o doce, mas escolhia a fruta, pois, fazia dela meu lanche da tarde. Com o passar das semanas passei a ignorar a presença do doce que felizmente se encontra sempre no mesmo lugar, o que ajuda no condicionamento do cérebro.

A melhor forma de ignorar algo como um doce é obviamente eliminar a oportunidade de se obter um. Só que na fila da comida você necessariamente passa por ele, basta então ser resiliente e olhar para outro lado.

Afinal, vai dizer que você não faz isso quando passa aquele filme de terror que sai tanto sangue que até espirra no teu rosto? Ou que você não muda de canal quando seu time perdeu, ou pior, quando o time rival ganhou?

Fazer isso com a comida passa a ser automático depois de alguns dias. Obviamente que o mesmo vale para as gôndolas de supermercado e para qualquer situação em que o diabo das calorias venha te seduzir.

Citando um exemplo extremo, lembrei-me do filme “Uma Mente Brilhante”. O personagem principal lida com sintomas de paranoia e esquizofrenia, como ver pessoas que não existem, também desta forma, ignorando-as. Assim, seus “demônios” continuam lá, só que ele doutrinou sua mente a não mais dar atenção a eles e passou a viver normalmente depois de desenvolver esta técnica.

Claro que o gordinho não tem a alucinação de ver aquele bolo caseiro quentinho correndo atrás dele para esfaqueá-lo, mas com certeza o gordinho sente vontade de esfaquear o bolo quentinho se o vir, cheirar ou mesmo pensar nele.

Agora se o seu problema é maior no supermercado, é mais fácil ainda aplicar esta técnica. As prateleiras com as coisas “perigosas” também têm seus lugares fixos, basta não passar por eles, certo? Outra técnica conhecida para ir ao mercado quando se está de dieta é encher a barriga antes, isto evita que se compre aquilo que não é necessário.

A mesma mente brilhante que te faz secar ao cabo de poucos meses, sem remédios, shakes, cirurgias, milagres, gnomos, duendes ou fadas é a mesma que sempre vai te sacanear para te entupir de porcarias. Para evitar que ela te use para o “mal”, que tal afastar o “mal” dela?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os Prazeres da Água

A água, fluído da vida. Ela pode nos ajudar muito a emagrecer. Quando cheguei com esta história para cima da Mi, minha esposa, sua resposta foi simples:

“Eu, beber água? Você está louco? Água enferruja, sai para lá!”

Ok, como posso argumentar contra uma resposta destas?

Muitas vezes não dá para argumentar com a Mi, se bem que ontem ela me viu com minha garrafinha de água, que eu havia tirado do freezer. Nós havíamos acabado de nos sentar à brisa depois de jardinar um pouco quando ela disse, com um copo de mais de meio litro de refrigerante ao lado dela:

“Dá um gole dessa tua água aí. Está tão geladinha, e você está tomando com tanto gosto!”.

Desta frase da Mi dá para tirar duas ideias importantes:
  1. Nós bebemos e comemos com os olhos;
  2. Sim, eu bebo uma garrafa de 0,5L de água em dois ou três goles, e com muito gosto!

As duas ideias se juntam no conceito renitente que eu trato aqui, é o cérebro que comanda tudo. Afinal, como um negócio que nem estimula as papilas gustativas pode ser prazeroso? E como alguém que não bebe água o fez só por ver alguém fazê-lo antes com prazer?

Pela minha experiência, só o hábito de consumir e a crença (seja por que motivo for) é que levam a isso. Explico. O hábito e a repetição levam a um comportamento automático e este fica ali, como aquele programinha que você roda para limpar seu HD, por exemplo.

Outro exemplo foi quando eu fui aprender a dirigir. Meu pai jogou um Gurgel na minha mão, sim, aquela coisa feia de fibra de vidro com motor de fusca. Tinha eu uns doze anos e estávamos na nossa chácara, numa estradinha de terra que só passava um carro e talvez uma vaca, tive que me virar. Ele dizia que eu suava como se estivesse debaixo de um chuveiro. Realmente eu estava muito nervoso.

Depois de alguns matos me cortando os braços, uma roda amassada e umas vacas correndo assustadas, eu comecei a dominar o Gurgel. Com o passar dos anos passei a dirigir melhor até o ponto em que nem penso mais para dirigir, ou seja, passou para o piloto automático.

O mesmo ocorre com a água. Durante a dieta era a garrafinha a tira colo para correr e para malhar. No trabalho estou sempre com outra garrafinha térmica com água geladinha, em casa, tenho outra que levo para todos os cantos. Ou seja, a garrafinha se tornou minha companheira quase inseparável.

Hoje não é mais uma questão de necessidade de dieta, e sim, de gosto mesmo. Dá aquela lubrificada na garganta, refresca, acalma... Cada um tem a sua crença, a minha é de que a água dá estes prazeres.

Muitas pessoas dizem que água é sem graça. É o gosto de cada um, mas eu sempre vou preferir uma água geladinha a um refrigerante depois de uma caminhada, já que para mim o refrigerante é muito doce e me deixa com mais sede ainda depois.

Os benefícios da água você já deve saber, mas vale a pena lembrar que ela lubrifica as articulações, melhora a oxigenação do sangue, reduz a fome, ajuda a emagrecer, melhora a pele, as unhas, os cabelos. E não tem absolutamente nenhum efeito colateral, afinal, nosso corpo é composto em sua grande maioria por ela.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Prazer ou Obcessão?

Vícios, estes hábitos nefastos que nos levam a fazer sempre às mesmas coisas, repetidas vezes. Entendo os vícios como uma forma de se cegar. Um viciado não vê nada à sua frente que não seja o próprio objeto do vício.

E mais, qualquer excesso pode sim migrar para um vício. Parece que nosso cérebro determinadas vezes empaca como uma mula em algum comportamento e não consegue sair dali. Quando falei de Pavlov e dos reflexos condicionados, não mencionei propositadamente o outro lado da coisa, o de não conseguir sair deste comportamento.

Usemos o próprio cão como exemplo novamente. Uma vez que ele aprenda algum truque, pode solicitá-lo por 10.000 vezes que ele fará exatamente a mesma coisa. Aliás, os animais parecem ser muito mais aptos a repetições que um ser humano.

Por que? Talvez você se pergunte. As respostas são duas e são simples. Ele está acostumado com aquilo e ele ganha algo em troca.

Claro, não podemos ser hipócritas a ponto de dizer que o vício é ruim, que o viciado vai virar hamburguer do diabo e fritar na chapa quente do inferno. O vício traz coisas boas, claro, se não as pessoas não os teriam, certo?

O problema começa quando este "algo em troca" que o vício te dá passa a ser a coisa mais importante da vida. Aqui, definitivamente os animais se tornam mais inteligentes que o homem. Não sou grande conhecedor de ambos, mas o cão parece que não espera "algo em troca" se este lhe faz mal, como um biscoitinho estragado, por exemplo. Já do homem, não se pode garantir nada.

Este mesmo poder que o faz prevalecer sobre a Terra (será?) também o corrompe e o torna o mais idiotas dos seres, por vezes. Estou falando da inteligência. Esta questão é muito bem resumida por um cara muito "ninja", cujas frases são tão sábias quanto as teorias, Albert Einstein:

"Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes."

Se você sempre enche a cara, é óbvio que você sempre vai ter ressaca, se você sempre usa drogas pesadas é claro que elas vão fritar seus neurônios naquela chapa quente, se você faz fofoca sobre todo mundo é claro que as pessoas vão se afastar de você.

E se você come muito, sempre? Não precisa ser nenhum Einstein para saber a que isso leva, certo?
Comemos porque estamos tristes, porque estamos de bobeira no sofá, estamos ansiosos, nervosos, etc. Será que não deveríamos comer para nos nutrir, e só?

Quando eu era gordo lembro-me de ter em mente a desculpa perfeita. Comer compulsivamente não é como os outros vícios, pois, não é algo que você pode largar, já que o objeto do teu vício, a comida, será sempre necessário na tua vida. Por isso é o vício mais difícil de largar...

Erro crasso da minha parte. Pense comigo. Você precisa comer uma caixa inteira de bombons? Precisa ingerir 2L de refrigerante por dia? Precisa comer um cheese-colesterol-completo? Ou até dois deles?

O vício não está naquilo que você faz ou consome e sim na dependência que você tem por esta coisa. Uma cerveja de vez em quando dá ressaca? Um bombom engorda? Um comentariozinho maldoso e merecido sobre alguém que fez alguma m... é tão ruim assim?

Felicidade e satisfação são conceitos muito abstratos, mas, se você os está procurando em algo que até te satisfaz por um tempo, mas que logo te tira esta felicidade de forma bem pior e faz com que você continue procurando, e você procura sempre na mesma fonte, desculpe, mas você virou um insano segundo Einstein.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Experimento Para o Carnaval

Estes dias estava pensando com minha calculadora involuntária de calorias. Explico. Com a dieta e os novos hábitos aprendi a calcular as calorias das coisas. Claro que não é aquele cálculo exato e sim uma aproximação grosseira, de engenheiro mesmo. Tudo o que se mexe gasta calorias. Calor é energia. A gordura é a reserva de energia do corpo, portanto, mexer emagrece.

O que mais se faz no carnaval? Dança-se e... Isso mesmo! Namora-se! Então vamos que é Carnaval!

Suponhamos que você saia todas as noites para pular e que você se dê bem todos os dias. Obviamente que com todas as “extremidades” do corpo devidamente “vestidas” para evitar qualquer acidente.

O carnaval tem duração variada em locais variados. Vai de ínfimas duas noites aqui no Norte de SC (noites de sexta-feira e sábado), a não me pergunte quantos na Bahia! Vamos então considerar uma média de 4 noites.

Consideremos apenas noites já que durante o dia ou você estava trabalhando ou se recuperando da ressaca por causa da noite anterior.  Eu recomendaria apenas água para ajudar na dieta, mas, como você provavelmente me apedrejaria por isso, vai, enfia o pé na jaca! É Carnaval!

Por isso você vai ter que se dedicar bastante à noite para ter chance de emagrecer. Não pode desanimar e seja na avenida, na rua, no clube ou até em casa, tem que estar dançando ou mexendo o corpo de outras formas, deixe-se levar pela música.

Supondo que você comece às 19h 00m e vá até às 4h 00m serão 9 horas de folia em 4 dias, ou seja, cerca de 36 horas. Fazendo uma média de quantas calorias você gasta dançando ou fazendo outros exercícios carnavalescos dá cerca de 300 kcal.

Esta alegria toda resulta em cerca de divertidas 11.000 kcal eliminadas! Lembre-se não só das calorias que saem, mas das que deixam de entrar, então, para aqueles que vão dirigir ou que vão curtir do meu jeito preferido, com a garrafinha de água na mão, esta queima sobe para apoteóticas 20.000 kcal.

Sim, o líquido precioso, como diz o Paulinho, meu sogro, soma 9.000 kcal ao longo dos mesmos quatro dias de festa. Afinal, o que você deixa de botar para dentro, no caso dos meus cálculos, mais de 10 litros de breja, conta como uma caloria que você não computou como ganho.

Finalmente, isto representa mais de 1,5kg para os bebuns e 3 kg para os demais. Então faça logo a sua escolha e emagreça, ou melhor, divirta-se!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Receita de bolo.

Hoje vou direto ao ponto. Sendo o meu método de emagrecimento fortemente baseado em como o nosso cérebro lida com a comida, ele consiste basicamente em substituições de opções de cardápio e adequações de hábitos.

Assim, seguem as ações práticas que tomei neste processo. Algumas coisas já foram discutidas em outros posts, mas acho que uma visão global também ajudará:

SUBSTITUIÇÕES:
·         Embutidos (salsicha, linguiça, hambúrguer, etc.) por carnes não industrializadas (bifes magros, filé de frango ou peixe);
·         Carnes fritas por grelhadas (nestas panelas elétricas) ou assadas;
·         Carnes gordas por carnes magras;
·         Queijos amarelos por brancos (menos gordura);
·         Molhos e óleos para temperar saladas por shoyu;
·         Pães e arroz normais por integrais;
·         Batatas fritas por batatas cozidas ou assadas;
·         Alimentos ricos em açúcar por frutas (principalmente banana);
·         Refrigerantes normais por dietéticos ou sucos naturais;
·         Salgadinhos industrializados por soja torrada, pipoca, granola salgada ou azeitonas;
·         Feijoada completa por feijão com carnes magras e defumadas;
·         Leite integral por desnatado;
·         Macarrão com cremes e queijo por macarrão com ervas e óleo de oliva cru;
·         Feijão por lentilha;
·         Maionese por mostarda;
·         Manteiga e outras coisas de passar no pão por patê de tofu;
·         Sal por condimentos variados (ervas, pimenta, alho, etc.);
·         Bebidas alcoólicas por conversas com amigos, leituras bem-humoradas, sexo, corrida, etc.

HÁBITOS (para enganar o estômago e aumentar a sensação de saciedade):
·         Proteínas no desjejum (ovos, bacon, queijo, leite, etc.);
·         Muita pimenta, alho e demais condimentos fortes sempre que possível;
·         Café amargo (duas xícaras pequenas ao dia, entre refeições);
·         Muita água ou chás durante todo o dia (exceto junto das refeições);
·         Desmanchar o alimento entre a língua e o céu da boca (com isso você estimula o olfato e o paladar ao mesmo tempo);
·         Cheire o alimento (não vai enfiar o narigão dentro do prato, apenas preste atenção no aroma que exala do talher, antes de levar à boca);
·         Um tipo de carboidrato por refeição (exceção para o arroz com lentilha ou arroz com feijão);
·         Saladas vêm sempre em primeiro. Elas facilitam o processo digestivo e ocupam primeiro o estômago tomando o lugar de coisas calóricas;
·         Cebola e alho, de preferência crus (se você não for dar uns beijos, claro);
·         Alimentos consistentes e difíceis de engolir se a paranoia de fome apertar (cenoura, coco e outros de baixa caloria que você pode roer por horas);
·         Ler, reler e tornar a ler toda e qualquer embalagem de comida que você for comprar. O controle das calorias e a escolha das melhores opções começam pela embalagem;
·         Comer o mais devagar possível e mastigar muito (lembre dos conselhos da mamãe);
·         Fazer as refeições completas e mesmo os lanches sempre nos mesmos horários, quaisquer que eles sejam;
·         Fazer pelo menos 5 refeições ao dia preferencialmente nos mesmos horários;
·         Comer à noite não é pecado, e ajuda a ir dormir satisfeito, só procure fazer refeições mais leves, se possível, para ajudar na qualidade do sono;
·         Deixar as refeições mais fartas, se possível, para os horários em que se está mais à toa;
·         Festas não são torturas. Se for a uma, não seja anti-social, mas tente aproveitar com moderação;
·         Escovar os dentes depois das refeições;
·         Nunca deixar de comer. O jejum é tão ruim ou até pior do que comer demais;
·         Pratos e recipientes pequenos ajudam a comer menos;
·         Se a vontade for incontrolável, comer sem culpas, maneirando na quantidade;
·         Lembre-se que o fator limitante é sempre a quantidade e não o tipo de comida.