domingo, 19 de fevereiro de 2012

Caindo na estrada.

Feriadão para a muita gente, que tal viajarmos um pouco?

Uns querem cair na folia, outros enfiar o pé na jaca, outros querem se dar bem com o sexo oposto (ou o mesmo, vai saber...) e outros ainda querem ficar com seus óculos de sol só fiscalizando a natureza, ou seja, coçando o saco. Calma mulheres, estou falando dum saco metafórico, que sirva para todos.

Assim, a primeira grande pergunta que temos pela frente é:
1.    Para que vamos viajar?

Respondendo à primeira pergunta naturalmente já teremos o destino em mente. Mas não é só sair atrás do trio elétrico e pronto.

Não podemos fazer como um conhecido meu da faculdade. O sujeito era um dinossauro, ou seja, estava lá há muitos anos, acho que nem ele se recordava quantos. Certo dia ele estava petrificado sentado em seu quintal, sem camisa com aquela barriguinha de cerveja para fora, aqueles calções de futebol meio rasgados e chinelos, só observando as paredes, provavelmente sob o efeito de alguma daquelas substâncias que faziam alguns dos que estudavam naquele fim de mundo lidar melhor com a carestia de mulheres e coisas para fazer.
Estava eu estudando com outro amigo, que divida a casa com este figura em questão. Chegam então alguns amigos deste dinossauro, de indumentária e estilo semelhantes, e se dá um diálogo curto e interessante:

    - Oh, fulano! Você está fazendo o que aí?
    - Ah? Eu? Estava aqui, de bobeira.
    - Estamos indo para São Tomé das Letras.
    - Beleza, vamos nessa.

O dinossauro então levanta-se e como estava sai com os amigos numa Belina velha rumo a São Tomé das Letras (uns 1000km de onde estávamos), como se fosse comprar pão na esquina. Segundo meu amigo, o tal dinossauro figura só retornou cerca um mês depois. Não perguntem o que ele fez lá e como ele sobreviveu sem dinheiro só de calções e chinelos, que acho que nem ele sabe.

Portanto, a segunda e importantíssima pergunta é:
2.    O que vamos fazer lá?

Ok, já sabemos por que ir e para que ir. Vamos colocar o polegar em riste e pedir carona correndo o risco de ter os rins roubados? Vamos ficar fritando debaixo do teto de zinco de alguma rodoviária? Ou vamos enfrentar o overbooking no aeroporto? Pessimismo à parte, temos que responder também à questão:
3.    Como vamos chegar lá?

Confesso que fui pessimista acima porque tenho inveja do resto do Brasil. Eu moro numa região maravilhosa, no norte de Santa Catarina. Aqui temos privilégios como baixa criminalidade, plena empregabilidade, e por exemplo, praticar rafting pela manhã e pegar uma prainha à tarde, ou ir a uma cachoeira pela manhã e dormir numa cidadezinha serrana que até neva no inverno à noite.

Só que isto não vale para nós no Carnaval, não mesmo. Aqui, acredite se quiser, não existe carnaval. É a noite de sexta e de sábado somente, e olhe lá. É o preço que se paga por se morar praticamente num paraíso...

Pronto, agora que a maioria já riu da minha cara por ter que trabalhar na segunda, terça e quarta de carnaval, vou ser cruel também, vamos falar sobre dieta. Hoje é suave, vou propor apenas trocar a palavra viagem por dieta.

Não imagine o dinossauro da faculdade malhando ou comendo vegetais, seria mais fácil imaginá-lo fumando-os, mas não é esse o ponto. Você acha que as três perguntas a serem respondidas se aplicariam à dieta?

Eu acho que sim. Primeiro que você só vai fazer dieta se aquela roupa não servir mais, se a sua sogra te chamar de gorda ou se você quiser fazer bonito no carnaval, certo? Então tudo nasce do motivo que te leva a criar vergonha na cara e emagrecer.

Segundo, você vai se planejar para o tanto que deseja emagrecer. Pode ser para atingir o IMC correto, para que a roupa que você quer usar finalmente lhe caia bem ou até que a tua sogra te olhe com aquela cara de inveja e você possa, com toda a propriedade do mundo, mandá-la àquele lugar que deseja tanto que ela vá.

Terceiro, como emagrecer? Meu método é o da total liberdade. Portanto, pouco me importa se você vai se entupir de anfetaminas e vai sair gritando: “Ah se eu te pego!” o carnaval inteiro sem parar. Ou se você pretende retaliar o seu estômago por dentro com alguma cirurgia. Mesmo sem estas invasões pouco me importa também se você vai comer cebolas roxas ou normais.

Calma, não estou sendo indiferente contigo embora ainda esteja com raiva por você folgar amanhã e eu não. Apenas acho que todos são grandes o suficiente para saber o que engorda ou não e que a regra dourada para emagrecer é gastar mais calorias do que se ingere.

A Mi, minha princesa-esposa, por exemplo, neste exato momento está traçando dois hamburgueres bem mal passados com molho barbecue por cima. Eu nem me importo em repreendê-la. Primeiro, porque provavelmente ela me mandaria para aquele lugar que você quer mandar a sua sogra. Segundo, porque ela já aprendeu a segurar a onda dela, portanto, ela sabe que pode comer isso agora e principalmente o que ela deve fazer depois para que isso não pese negativamente no balanço de calorias.

Assim, se as três perguntas têm respostas claras na sua cabeça, a viagem da sua dieta com certeza estará no caminho certo.

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