sexta-feira, 23 de março de 2012

A Ansiedade

Por que minha carona não chega? Será que ele vai ligar? Será que engravidei minha namorada? Será que nessa eu vou me ferrar, ou me dar bem? Será que vou cair na malha fina do IR?

O que todas estas perguntas têm em comum? Uma palavrinha que está por trás delas, a ansiedade. É um tanto difícil precisar de onde ela vem ou por que surge, mas, creio que não é errado dizer que é um sentimento que reflete a preocupação com alguma coisa.

Um fato acontece, ele te preocupa e você passa a pensar na forma de sanar esta preocupação. À medida que você não faz nada a respeito a não ser refletir sobre o assunto, ou, as ações que você toma não resolvem o problema, a ansiedade vai se tornando mais forte.

Outro aspecto que parece estar ligado à ansiedade é o sentimento de falta de algo. Eminentemente a falta de uma resposta ou definição. De novo, o nosso interessante computador movido a glicose, o cérebro, está por trás de tudo.

Tudo o que a mente consciente faz, ou seja, tudo o que pensamos vai refletir na mente dita inconsciente, ou seja, naquela porção do cérebro que controla o corpo e sobre a qual não temos ação. Afinal, se estamos nervosos os batimentos cardíacos disparam e ficamos ofegantes, se estamos calmos eles diminuem.

O desenvolvimento de algumas doenças está ligado ao estado de humor, ao pessismo. Também não são raros os casos em que um cônjuge morre pouco tempo depois do outro, em geral de tristeza. Isso acontece até mesmo aos animais que ficam sem seus donos.

Voltando à ansiedade, não é difícil presumir que esta "falta de algo" será suprida de alguma forma pelo cérebro. É aí que entram as refeições oportunistas. O que o Imposto de Renda ou a namorada potencialmente grávida tem a ver com um saco de 1kg de amendoins cobertos com chocolate? Nada, mas lembremos que esta resposta física é dada por uma porção do cérebro que não raciocina muito bem.

Só que nós podemos controlar um pouco esta porção do cérebro da mesma forma que controlamos seres que não pensam direito como um cachorro ou uma criança. Quando eles fazem algo de errado nós os repreendemos. Quando eles repetem o erro, retiramos algo que eles gostam, como punição.

Ter a disciplina para fazer isso com você mesmo é o grande desafio, mas é possível. Como eu disse aqui algumas vezes, demora um pouco para conseguir, mas depois, vira um comportamento automático.

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