segunda-feira, 30 de abril de 2012

Aproveite o Feriado

O dia perfeito começa quando você pode sair da sua rotina.Acredito que não ter rotina  é não ter controles sobre si. Poder fazer o que se quer, por pelo menos uma dia que seja.

Você olha uma linda manhã de outono, sol tímido mas persistente e nenhuma nuvem no céu. Deitando-se em sua cama para passar o dia ali seria um crime contra a natureza.

Ela acaba de te dar um dia com o clima perfeito para você não ter uma rotina. E você na sua cama? Não! Você decide fazer algo diferente: Conquistar O Senhor do Vale.

O Pico Jaraguá, ou, O Senhor do Vale, como chamavam os índios, tem majestosos 926 metros de altitude. Ao seu lado, um dos seus irmãos tem 896 metros. Do seu cume, se contempla uma área de mais de 2000 km2. Vê-se do mar às cadeias de montanhas que timidamente vão avançando sobre o lado oposto no horizonte. Por que não subí-lo?

Convidei meu filho que na hora topou com entusiasmo. Almoçamos moderadamente para subirmos tranquilos e fizemos nossa mochila com água, frutas e um pacote de salgadinhos. O que mais incomodou foi o estado da estradinha mal conservada que liga a área urbana ao local. Mesmo isso deixou de ser problema quando começamos nossa caminhada.

A caminhada tem um grau de inclinação muito acentuado, o que exige muito dos músculos das pernas e das articulações dos quadris, joelhos e tornozelos. Por outro lado, tanto para uma criança quanto para um adulto são ótimos exercícios de final de semana.

Paramos algumas vezes para sentar, respirar e tomar uma água que persistia ficar geladinha para nossa sorte. Depois de muita conversa sobre pedras, estradas, bois, plantas, rios e tudo mais, uma hora e quinze minutos depois, alcançamos o topo. Lar das antenas e de algumas das rampas de voo livre da cidade, O Morro das Antenas.

Nos deitamos na grama, depois sentamos para apreciar o Vale. Mostrei onde eram os principais pontos da cidade, achamos nossa casa, vimos o mar, ao longe, tentamos ligar para a MI e comemos nossas frutas e salgadinhos. Tiramos algumas fotos para mostrar para a Mi. Mas o frio de lá de cima fez-nos descer algum tempo depois.

Na descida, mais exercícios fortes para as pernas e quadril, alguns escorregões nas pedras soltas e, FELIZMENTE, num tempo bem menor, desabamos sentados no carro. Aquele conforto macio do banco era tudo que precisávamos.

Mais um golinho de água e descemos o restante do percurso de carro até voltarmos para casa. Desabei na rede enquanto contávamos para a Mi e para a minha surpresa o Victor já corria atrás da Tarsila ou vice-versa, meu cansaço não me deixava ver direito.

Como algo tão prazeroso como passar uma tarde com o filho e ver um local lindo pode ainda queimar 900kcal e fortificar os músculos?

O que podia ser um dia no cama comendo e vendo TV, realmente transformou-se num dia perfeito.




sexta-feira, 23 de março de 2012

A Ansiedade

Por que minha carona não chega? Será que ele vai ligar? Será que engravidei minha namorada? Será que nessa eu vou me ferrar, ou me dar bem? Será que vou cair na malha fina do IR?

O que todas estas perguntas têm em comum? Uma palavrinha que está por trás delas, a ansiedade. É um tanto difícil precisar de onde ela vem ou por que surge, mas, creio que não é errado dizer que é um sentimento que reflete a preocupação com alguma coisa.

Um fato acontece, ele te preocupa e você passa a pensar na forma de sanar esta preocupação. À medida que você não faz nada a respeito a não ser refletir sobre o assunto, ou, as ações que você toma não resolvem o problema, a ansiedade vai se tornando mais forte.

Outro aspecto que parece estar ligado à ansiedade é o sentimento de falta de algo. Eminentemente a falta de uma resposta ou definição. De novo, o nosso interessante computador movido a glicose, o cérebro, está por trás de tudo.

Tudo o que a mente consciente faz, ou seja, tudo o que pensamos vai refletir na mente dita inconsciente, ou seja, naquela porção do cérebro que controla o corpo e sobre a qual não temos ação. Afinal, se estamos nervosos os batimentos cardíacos disparam e ficamos ofegantes, se estamos calmos eles diminuem.

O desenvolvimento de algumas doenças está ligado ao estado de humor, ao pessismo. Também não são raros os casos em que um cônjuge morre pouco tempo depois do outro, em geral de tristeza. Isso acontece até mesmo aos animais que ficam sem seus donos.

Voltando à ansiedade, não é difícil presumir que esta "falta de algo" será suprida de alguma forma pelo cérebro. É aí que entram as refeições oportunistas. O que o Imposto de Renda ou a namorada potencialmente grávida tem a ver com um saco de 1kg de amendoins cobertos com chocolate? Nada, mas lembremos que esta resposta física é dada por uma porção do cérebro que não raciocina muito bem.

Só que nós podemos controlar um pouco esta porção do cérebro da mesma forma que controlamos seres que não pensam direito como um cachorro ou uma criança. Quando eles fazem algo de errado nós os repreendemos. Quando eles repetem o erro, retiramos algo que eles gostam, como punição.

Ter a disciplina para fazer isso com você mesmo é o grande desafio, mas é possível. Como eu disse aqui algumas vezes, demora um pouco para conseguir, mas depois, vira um comportamento automático.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Por Que as Esposas Ganham as Brigas dos Maridos?

Atenção persistência são tudo.

Funcionamos baseados em rotinas. Isto significa que tudo o que fazemos tem um motivo, uma razão, uma ideia por trás. Se esta regra é quebrada, ou seja, se há ação sem pensamento ou pensamento sem uma ação, aquele que existe se consome até sumir.

Imaginem um marido e uma esposa brigando, sei lá, por causa do canal da TV. A mulher quer ver novela e o marido futebol. Quem tem razão? Os dois têm as suas razões assim como os dois têm suas culpas. Não há certo ou errado. E quem vence? 99,99% dos casos é a mulher, mas a "regra" deveria ser aquele que tem argumentos mais fortes.

Quem tem argumentos mais fortes? Aquele que percebe melhor o acontecimento e as variáveis à volta. Aquele que presta mais atenção. Só isso? Não. De que adiantaria ter os melhores argumentos e perceber melhor a situação do que os outros se a pessoa não usa isso? Portanto, é necessário transformar este conhecimento da situação em ação.

Voltando ao exemplo, a mulher abre a matraca e começa a falar que trabalhou muito, que está cansada, que ela cuida de tudo e o homem não faz nada por ela, etc. Ela dispara uma metralhadora de argumentos a esmo até que um deles atinja o homem, que geralmente não tem paciência para discutir coisas que julga fúteis e não quer a mulher enchendo o saco dele por dias, só porque ele viu futebol na hora da novela, uma vez que fosse.

Além da atenção, notamos outro ingrediente na receita que se chama insistência. Este par de ferramentas é capaz de resolver quase tudo na vida.

Suponhamos que você quer fazer uma bolsa. Você presta ATENÇÃO na revista, no site, na aula e PERSISTE em replicar o que aprendeu costurando e desmanchando até acertar.

Ou você quer fazer prateleiras na garagem? Você corta, recorta, prega, fura até compreender a forma mais fácil, obviamente que você chega a isso apenas prestando ATENÇÃO no que está fazendo. Então você INSISTE no que deu acerto até que termine as benditas prateleiras.

Se faltar um dos dois você vai falhar certamente. Lembre-se que a ATENÇÃO é análoga ao pensamento assim como a INSISTÊNCIA é à ação. Quem acompanha o blog talvez se lembre do sábio mote de São Bento: "Ora et Labora". Que em suma diz praticamente a mesma coisa que: "Esteja atento e persista", só esta última, nao tem a roupagem dogmática e religiosa do mote de São Bento.

E onde entra a dieta em tudo isso? Fazer dieta é fazer isso, simples assim. Se você faz coisas a esmo sem pensar, como passar longos períodos sem comer, comer apenas vegetais e correr mais do que o corpo aguenta não vai dar certo. Medidas extremas e obcessivas são ineficientes em algum ponto, portanto, faltará a ATENÇÃO sobre o que se está fazendo e a falha estará lá te esperando.

Da mesma forma, se você vai à nutricionista, elabora um cardápio ideal, vai a um personal trainer que te faz um programa de acordo com o seu corpo e gostos e...? Você para depois do primeiro churrasco que é convidada, pula os dias, acha complicado, diz que não dá tempo... Pronto, faltou a INSISTÊNCIA e você falhou.

O caminho, parece ser o de estar com as antenas ligadas para tudo que acontece com o seu corpo e
persistir trabalhando no que está certo e corrigindo o que não está.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Lazer Emagrece?

Fiz aniversário no final de semana que passou e resolvi deixar as preocupações alimentares de lado. Está certo que eu já automatizei a grande maioria delas, mas, dei-me ao luxo de deixar a coisa correr solta. Nem a minha inseparável "carcereira", a balança, eu deixei participar esta semana.

Neste final de semana fui raptado pela Mi para ficarmos isolados do mundo. Fomos parar em um lugar que amamos, o centro histórico de S. Francisco do Sul. Um lugar de casas seculares e parado no tempo. Primeiro andamos um pouco debaixo do sol escaldante para, claro, a Mi comprar artesanato local nas pequenas lojinhas localizadas nas casas históricas. Nada de "dieta financeira" para a Mi e sua carteira. Só nesta caminhada de meia hora já secamos uma garrafa de 1,5L de água mineral.

Depois fomos a um restaurante no antigo mercado municipal que tem uma plataforma de frente para o mar. Lá sentamos e ouvindo uma simpática e suave música ao vivo, ficamos bebendo um pouco. Depois de algumas horas saímos dali e resolvemos ir para a praia. Na praia beliscamos uns camarões, bebemos mais um pouco, nadamos e fomos descansar.

Jantamos mais camarões, saímos para tomar um sorvete e depois voltamos para a clausura. Ontem um café da manhã reforçado, voltamos à praia para mais um pouco de diversão na água e finalmente voltamos para casa.

Fomos jantar um delicioso macarrão caseiro que a Mi fez lá pelas 20hrs. Eu comi um prato imenso. Finalmente fui me pesar antes de dormir e para a minha surpresa havia voltado 0,5kg mais magro do que havia saído de casa.

Qual foi o segredo para beber cerveja, comer camarão alho e óleo, tomar sorvete, comer pães e bolos no café da manhã, ainda por cima me acabar no macarrão caseiro e ainda assim conseguir emagrecer?

Na verdade são dois segredos, o volume estomacal reduzido e a atividade física. Comi tudo isso num volume suficiente para ficar satisfeito. Sem pressa, conversando, mastigando bastante, o cérebro é avisado pelo estômago bem antes que você coma mais do que deve.

O estômago é elástico. Nas pessoas obesas ele é dilatado ao ponto que o obeso necessita muito mais comida para enchê-lo que uma pessoa magra. E esta dilatação ocorre justamente por causa da alimentação além do necessário. É um círculo viciosos. Justamente por essa razão fsica é que muitos obesos optam por fazer a cirurgia bariátrica, para reduzirem seus volumes estomacais.

O que elas não precebem é o fato que isso pode ser conseguido naturalmente com a restrição da alimentação por tempo prolongado, ou seja, com dieta. Quem chega neste resultado pela dieta acaba percebendo melhor seu próprio estômago e aprende a "dar ouvidos" ao que ele diz ao cérebro.

Outra coisa determinante é o que você faz com o teu tempo de lazer. Gostos não se discutem, mas será que só o ócio na TV dentro de casa e o balde de pipoca ao lado podem te deixar feliz? Será que não existe nenhum tipo de lazer para você que não envolva comida?

Eu saí com a Mi para me divertir. Comer eu como sempre, não há novidade nisso. Nossa atenção estava voltada para aquilo que não fazemos com tanta frequência, como estar no lugar que gostamos, ouvir a música que ouvimos e o papo agradável e inexplicavelmente incansável que temos. Naquele tempo eu não estava nem um pouco preocupado em comer, mas comi muito bem e sem culpas, pois comer não era minha preocupação principal.

A comida não sai voando das estufas da lanchonete ou das prateleiras do mercado para se enfiar nas nossas bocas. Somos nós que vamos as buscamos. Se pararmos para pensar é esquisito nos deixarmos controlar por uma coisa inanimada. Nós é que devemos controlar a comida e não o inverso!

Um dos caminhos que encontrei para isso foi justamente o de não dar tanta atenção a ela como hoje dou a coisas bem mais importantes e gratificantes que um estômago dilatado e cheio. Outra coisa foi inserir novidades na vida. Toda vez que você faz algo novo e diferente você foca a sua atenção na novidade e a comida passa de ator principal a quadjuvante ou até contrarregra.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cabo de Guerra

Lembra da brincadeira de cabo de guerra? Aquela que você finge que vai puxar a corda com toda a força e na hora "H" você a solta para seu adversário cair de bunda no chão.

Vamos imaginar, no entanto, que ela está sendo praticada da forma certa, e mais, dentro da sua cabeça. Psicanalistas, psiquiatras, psicólogos, filósofos, religiosos, místicos, alquimistas e tantos outros sempre tentaram segmentar a nossa cabeça. Não como o Hanibal Lecter em pedacinhos físicos, mas como Freud, em pedacinhos conceituais.

O pai da Psicanálise, Sigmund Freud, adotou uma metodologia interessante. De um lado do cabo de guerra ele colocou o Id. O Id é aquela voz interior que te diz para atacar o bolo inteiro, render-se aos prazeres da carne tanto a carne para alimentação quanto aquela outra... e para soltar a corda para seu adversário bater a bunda no chão. Enfim, o Id é aquela diabinha gostosa de biquini ou aquele diabão musculoso de sunga (dependendo do gosto de cada um), puxando a corda para um lado.

Do outro lado da corda claro que temos que ter o anjinho, todo vestido e comportado. A ele, Freud deu o nome de Superego. É a voz oposta que te diz que se você comer o bolo inteiro você vai passar mal e engordar, que a carne faz mal (ou bem demais...) e que você não pode soltar a corda pois é contra a regra do jogo, mesmo que isto signifique bater sua própria bunda no chão.

Cada vez mais acho que Freud tinha alguma "treta" com a mãe dele, pois, segundo seus estudos o Superego nasce das noções de autoridade, hierarquia e dos sentidos de certo ou errado, implantados pelas mães na infância. Já o Id seria a criança original, sem este discernimento.

Observando o meu filho Victor e suas 5 bananas diárias, os pratões que ele bate nas refeições e os petiscos nos intervalos, tenho certeza que o Id existe, e na cabeça dele o Id deve estar pisoteando a cabeça do Superego, mas tudo bem, afinal ele ainda é criança de fato e de direito.


Mas existe, na visão de Freud, um terceiro elemento, o Ego. O Ego é o juiz da nossa brincadeira de cabo de guerra. É ele que fica observando se a fitinha no meio da corda passa do ponto que dá a vitória a alguém.

Como o Ego faz isso? Ele dá uma olhada ao redor, pois o que o meio externo espera pesa muito na decisão. Se mais pessoas vão compartilhar do bolo, ou daquela carne saborosa, não vamos atacar de uma vez, certo? O que está ao redor, portanto, é a primeira coisa para a qual o Ego vai olhar.

Nem tudo o que o Id te diz para fazer é errado, assim como nem tudo o que o Superego te diz para não fazer é certo. O Ego nesta história decide o que sai da cabeça e vira realidade e o que fica lá dentro remoendo e fazendo você ficar paranoico. Tudo baseado no que o meio ao nosso redor diz e nas nossas experiências anteriores.

Você nunca vai entender de onde vem os desejos do Id. Ele é aquele programa que já vem de fábrica na tua cachola, portanto, você vai conviver com ele a vida toda. Já o Superego pode mudar constantemente. Para ilustrar isso, uso uma frase do filme Advogado do Diabo que diz mais ou menos o seguinte:

"A culpa, é um pesado saco de tijolos que levamos nas costas. Tudo o que temos a fazer é largá-lo."

O Superego age pesadamente a partir do mecanismo da culpa, das "consequências nefastas" de dar vazão ao Id que é nossos instintos, desejos, aquilo que nos satisfaz. Quando largamos o saco, festa! Quando decidimos carregá-lo, trabalho...

Cada decisão numa dieta, por exemplo, é um round na disputa de cabo de guerra entre o Id e o Superego. O esforço da disputa sempre vai existir e não há como fugir. No entanto, a boa notícia é que você mesmo (ou seu Ego) decide o lado vencedor.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Síndrome de Pinscher

Este final de semana cheguei à conclusão que a obesidade e a necessidade de emagrecer não são questões fixas, preto-no-branco, e sim, como quase tudo na vida, são questões referenciais.

Antes de falar sobre isso, vou narrar o que vinha acontecendo ao longo dos dias e que culminou neste meu insight.

Temos um pequeno bebê em casa, que já deve estar chegando aos seus 40kg. Em homenagem à grande Tarsila do Amaral (pintora que a Mi, minha esposa, e eu admiramos), demos o nome de Tarsila à nossa pequena bezerra da raça labrador. Tão pequena que quando ela e o Victor, meu filho de 7 anos, estão rolando no chão, não se sabe quem é quem, quase como naquelas nuvens que envolvem os personagens que brigam nos desenhos animados.

No começo, como qualquer outro filhote, era óbvio que ela iria destruir tudo. Assim, ela destruiu as petúnias que plantamos, masigou dois pinheiros, dois sinos, derrubou diversos vasos e assim por diante. Arrumamos tudo novamente e passamos a prendê-la, como se faz com os criminosos (ou pelo menos como se deveria fazer).

Algumas semanas depois, a pequena mamute se encontra mais calma, no entanto, ela não deixou de fazer m...

Estamos ultimamente restituindo a liberdade dela. Assim, ela está de "condicional" perambulando pelo quintal e sala em horários vigiados. Não estou reclamando dela, pois, ela está obedecendo. Se ela vai mexer onde não deve e pedimos que ela pare, ela obedece, só que ao sentar-se ou sair do local, ela acaba levando tudo ao redor dela.

Se acendemos uma vela sobre a mesa, ela com seu quase 1,5m de alura em pé sobe na mesa, derruba a vela e a mesa. Se cortamos algum alimento que ela vê e deixamos sobre a pia, ela faz a mesma zona da pia tentando roubá-lo. Se as fruteiras estão cheias, é óbvio que um simples cutucão dela vai levar tudo ao chão e aí ela se esconde num canto para roer uma batatona crua.

Concluí então que ela está com uma doença que eu apelidei de Síndrome de Pincher. Sim, pincher, aquela raça de cães que parece uma ratazana. Ela é um monstrengo, mas pensa que é um cãozinho de apartamento. Inclusive ela corre de outros cães na rua, os quais ela poderia espantar só com o bafo de onça dela.

É aí justamente que entra o paralelo que eu tracei com a questão da obesidade. Você é aquilo que você pensa que é ou aquilo que os outros te dizem que você é? Sou da opinião que você é quem decide aquilo que você é.

Se você se vê gorda, emagreça. Se não se vê, fique como está. Obviamente que somos influenciados por diversas opiniões de diferentes fontes, mas em suma, quem decide ou não sobre o seu destino é ninguém mais ninguém menos que você.

Tentar emagrecer porque os outros te dizem ou te mandam, simplesmente não funciona. A coisa só pode ser definitiva se você tiver plena convicção que é aquilo que você precisa. E por paradoxal que isso possa parecer, esta consciência vem também das percepções dos outros.

Estar atento ao que se passa à sua volta bem como voltar-se para si criticamente podem te levar de labrador a pincher e vice-versa.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Metabolismaratona

O que é este bendito do metabolismo? Há alguma desinformação nisso, mas, resumindo, é o processo através do qual seu organismo transforma alimentos em energia.

Para que seu corpo precisa de energia? Para movimentar todos os seus músculos, para pensar, produzir novas células, fazer a digestão... Ou seja, tudo o que você faz com o seu corpo demanda energia.

Imaginemos que você fique na cama o dia todo, e use esta energia apenas para piscar os olhos e respirar. Mesmo assim, você terá gasto neste dia cerca de 1600 kcal, o que equivale a 4 fatias de pizza! Este gasto é o tal do metabolismo basal, que nada mais é que o gasto mínimo de energia só para manter o seu corpo vivo.

Saindo da situação extrema de ficar semi-morto numa cama o dia todo e passando a uma situação real, um dia comum, o gasto basal pula para 2400 kcal! Isto não é nada mais nada menos do que 7 pedaços de pizza!

Veja as fórmulas para calcular este consumo de calorias que felizmente não temos como escapar:

http://www.linhabioslim.com.br/tmb.asp

Por que não passar o dia deitado e comendo pizza então? Primeiro que o colesterol das pizzas iria entupir suas artérias em pouco tempo. Segundo, que metabolismo tem a sua velocidade que é ditada por inúmeros fatores.

Os mais importantes são a frequência dos exercícios, a quantidade de músculos e obviamente a alimentação.

É interessante notar que o tipo e a intensidade dos exercícios não são tão importantes quanto a frequência que você os faz. Isto porque o corpo possui um tipo de "inteligência" que aprende que sempre há aquela carga de exercício, consequentemente haverá uma necessidade maior de energia e assim o metabolismo deve acelerar.

Já a questão dos músculos é explicada porque ele é um tecido vivo, ou seja, ele respira , portanto, necessita de sangue. Quanto mais sangue e oxigenação mais ele necessita de energia. Comparando, a gordura é composta de células inertes, que não demandam energia para existir justamente por serem um certo tipo de reserva de energia.

Finalmente a alimentação também influencia de várias formas. Já ouviu falar dos tais dos alimentos termogênicos? São alimentos difíceis de ser digeridos, assim, o sistema digestivo trabalha mais para fazer a própria digestão, gastando assim mais energia. Segue um link mostrando alguns:

http://www.minhavida.com.br/conteudo/13320-conheca-sete-alimentos-termogenicos-que-te-ajudam-a-emagrecer.htm

A estes somam-se outros que são tão pobres em calorias que você gasta mais energia para mastigá-los, digerí-los e eliminar seus restos do que ele pode fornecer de energia. Mas não espere muito destes, pois, são em sua grande maioria verduras, frutas e legumes...