sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ela tarda, mas não falha.

Como qualquer engenheiro eu gosto de encontrar soluções para tudo. Crio tantas regras e
procedimentos dentro da minha cabeça que às vezes fico com vontade de socá-la. Mas minha
justificativa é que se você faz uma determinada coisa, testa e vê que dá certo, por que não
passar a fazê-la sempre que possível?

Além de um procedimento precisamos de ferramentas para solucionar os problemas e fazer as
coisas. Sem elas somos meros Neandertais tirando piolhos uns das costas dos outros. Embora a
máquina humana seja extremamente bela e complexa, somos fracos em muitos aspectos.

Quais seriam as ferramentas de uma dieta? Pode ser desde o bisturi para retalhar o estômago por
dentro, as bolotas, shakes, força das pirâmides, gnomos e outros afins. Não posso julgar o que
funciona ou não, pois, cada um de nós é um universo distinto e se creditarmos nossa esperança em
qualquer coisa, pode ser que ela funcione, lógico, desde que não seja nenhum disparate.

Esta é a grande maravilha desta maquininha que às vezes eu quero socar e que se chama cérebro.
Ele pode fazer várias coisas desde que acreditemos no poder dele. Porém, não basta olhar para o
espelho e dizer "Abrahadabra!" para a barriga ir embora. O cérebro pode estar lá, cheio de moral
e de gás para emagrecer, mas, se você não fizer algo, não passará de uma gordinha louca gritando
diante do espelho.

Se estamos mudando de dieta e tentando emagrecer, independentemente do método, temos que medir e
avaliar o que estamos fazendo, certo? Esta avaliação vai desde a ajuda profissional (médicos,
nutricionistas, academias) às nossas próprias comparações de como éramos, como estamos e como
desejamos ser. E aí que entra ela, uma importantíssima ferramenta para mim durante a dieta, e
mesmo hoje, quase dois anos depois de concluí-la. Estou falando da balança.

O símbolo da justiça é implacável. A realidade nua e crua é mostrada e contra as provas não há
argumentos. Não, não estou narrando um programa policial "espirra-sangue", estou tentando dizer
que a balança é quem pode mostrar o quão eficientes estamos na nossa mudança de dieta. Muito
embora tentemos também cometer algum crime contra ela quando as coisas não estão saindo como
queríamos.

Assim, a cada nova mudança de hábitos alimentares, ou a cada exercício novo que eu tentava, lá
ia eu para cima da balança me pesar. Se saia das regras numa festa lá ia eu me pesar. Se o
convite dos amigos era irrecusável e eu chutava o balde no churrasco ou na bebida, lá ia eu para
cima dela.

Meu intuito era primeiramente conhecer melhor meu corpo, saber como ele reagiria a determinadas
mudanças positivas ou a deslizes. Também era para me dar uma lição de moral caso eu saísse da
linha. Portanto, se eu vinha bem, perdendo certo peso semana a semana e repentinamente eu
engordava por causa de uma festa, eu ficava p... da vida comigo e procurava corrigir aquele
comportamento. Era como se eu tivesse uma dívida comigo.

Minha dica, portanto, é usar a balança, dia após dia. Resumindo tudo o que eu disse acima, se os
números baixarem, você está indo bem e isto aumenta a sua motivação, se eles aumentarem é sinal que
você precisa corrigir alguma coisa errada.

E nada de pensar que só porque você engordou em um determinado dia, você está fazendo tudo
errado. Se você se pesar todos os dias, saberá exatamente o que fez de errado e poderá corrigir
a tempo de evitar um estrago maior.

Um comentário:

  1. É verdade, vc se acostuma tanto em se pesar todos os dia que quando vc não se pesa vc já fica com medo de se pesar no dia seguinte.

    ResponderExcluir